Educação incentiva ONGs a elaborar projetos para o Prêmio Itaú-Unicef

Educação
02/06/2011 17h06
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A Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal da Educação (Semed), promoveu nesta quinta-feira, 2, no auditório do Centro de Aperfeiçoamento em Recursos Humanos (Cemarh), localizado no bairro Siqueira Campos, um encontro com coordenadores escolares e representantes de organizações não governamentais para apresentar dados sobre a 9ª edição do Prêmio Itaú-Unicef, com tema ‘Educação Integral: Experiências que transformam'.

De acordo com a assessora técnica do Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária (Cenpec), Maria José Reginato, o prêmio é realizado a cada dois anos e pretende dar visibilidade a projetos socioeducativos realizados por organizações não governamentais que estimulem o desenvolvimento integral de crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social e que fortaleçam o elo entre escola, comunidade e família.

"Desde 1995 que o prêmio Itaú-Unicef apresenta a vertente da educação integral. O encontro entre escolas, ONGs e comunidade é de fundamental importância para o desenvolvimento pleno de crianças. Por isso, o Cenpec realiza essas mobilizações nas cidades com o objetivo de aumentar o número de inscrições e contemplar mais projetos", justificou a assessora Maria José, informando que o prêmio é coordenado pelo centro de pesquisas, financiado pela Fundação Itaú Social e apoiado pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF).

Educação Integral

Uma das principais propostas do prêmio é financiar projetos que visem a aprendizagem de forma integral, relacionando o conhecimento adquirido com o lugar em que vive e, ainda, incorporando diferentes saberes e práticas educativas. Para o vice-presidente do Conselho Municipal de Educação de Aracaju (Conmea), Marcos Paulo Oliveira, que vai integrar a comissão julgadora do Prêmio Itaú-Unicef, essa é uma tentativa de encontrar novos caminhos para a educação.

"Participei de alguns encontros com a comissão julgadora de todos os estados do país e colhi experiências nas cidades de São Paulo e Fortaleza, onde já existem projetos diferenciados com as parcerias de ONGs, associações e comunidade escolar. Os projetos que serão escolhidos devem atender a formação cidadã, incentivando o protagonismo juvenil, sem contemplar apenas o domínio dos conteúdos escolares. Por isso que estamos pensando numa escola que vai além das quatro horas de aula", explicou Marcos Paulo, já idealizando a sensibilização dos professores da rede municipal de ensino.

Mobilização local

Segundo a coordenadora de projetos da Semed, Valdinete Paes, é preciso mobilizar os profissionais da educação e representantes das organizações não governamentais para trabalhar a educação integral. "Em Aracaju já aderimos ao programa do Governo Federal, o ‘Mais Educação', que aumenta a jornada escolar com atividades diferenciadas. Queremos agora mobilizar a sociedade sergipana para se inscrever no prêmio e repetir os bons resultados das edições anteriores", desejou Valdinete, acrescentando que o estado já apresentou número significativo de instituições inscritas e contempladas com projetos.

A ONG Projeto Esperança, que atende meninas em situação de risco social em Aracaju, pretende inscrever algum projeto com vistas à formação contextualizada das crianças. Segundo o diretor da instituição, Rui Oliveira, é preciso buscar apoio da iniciativa privada e de entes governamentais para atender as demandas. "A partir das apresentações do prêmio Itaú-Unicef, vamos verificar em que o prêmio pode contribuir com a nossa vocação e, logo em seguida, criar algum projeto que se alinhe aos interesses do Itaú e do UNICEF com a nossa instituição", comentou.