Associação de Defesa ao homossexual de Sergipe (ADHONS) em parceria com a Secretaria Municipal da Assistência Social e Cidadania (Semasc), Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA) e patrocinada pela Petrobrás/FIA, vem realizando uma série de atividades como palestras, seminários e oficinas, com o objetivo de reforçar a luta contra o preconceito que atinge as comunidades formadas por Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transgéneros (LGBT), idosos, pessoas com deficiência, negros e outros grupos sociais.
As dinâmicas estão sendo ministradas por 25 adolescentes que foram selecionados e capacitados, em fevereiro, para atuar em três escolas públicas da capital e em dois Centros de Referência da Assistência Social (Cras). O resultado das ações será a formação de mais 100 multiplicadores em cada unidade educativa. Nesta tarde de segunda-feira, 18, estudantes da Escola Estadual Professor Valnir Chagas tiveram a oportunidade de participar das oficinas promovidas pela ADHONS e entender quais os ideais defendidos por esta associação.
De acordo com a coordenadora geral do Projeto, Débora França, o intuito das dinâmicas é fazer com que os próprios jovens sejam protagonistas no combate a qualquer tipo de ação discriminatória. "Estamos trabalhando com adolescentes para que os mesmos possam inibir atitudes preconceituosas de forma ampla, mas também com o recorte específico da homofobia. Queremos que a escola esteja trabalhando nesse sentido para, deste modo, acabarmos com os guetos que impedem a promoção dos debates acerca da homofobia", afirmou.
Respeito
Jaqueline dos Santos, que faz parte do ProJovem do Santa Maria e é uma das palestrantes da Associação de Defesa ao Homossexual de Sergipe, contou que foi motivada a participar da ADHONS por não gostar de ver pessoas sofrendo com o preconceito. "Não gosto de ver pessoas sendo rejeitadas ou sofrendo com o preconceito, principalmente quando são pessoas da comunidade LGBT. Estou gostando cada vez mais da ADHONS porque, dessa maneira, modifico hábitos e levo o respeito que deve ser destinado aos homossexuais para todo o lugar para onde vou", disse.
Para a presidente do grêmio da Escola Estadual Valnir Chagas, Adrian Tayslânia Brito, o projeto da ADHONS propiciará na formação de adultos mais conscientes e respeitadores quanto às escolhas feitas pelos indivíduos. "A importância desse projeto é de fazer com que esses alunos tornem-se adultos que vão respeitar as opções e as diferenças dos outros, até porque ninguém é igual a ninguém, mesmo que não seja homossexual", ratificou.