A Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e o Governo do Estado de Sergipe estão trabalhando de forma integrada para combater a proliferação do Aedes aegypti na capital. A ‘Brigada Itinerante da Dengue' está atuando em Aracaju desde o dia 18 de julho e conta com a participação de cerca de 230 agentes de endemias do Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD), que irão trabalhar em seu território de atuação, e cerca de 60 agentes de endemias do Programa Estadual de Controle da Dengue (PECD), que estão distribuídos no território aracajuano, divididos em grupos de 20 agentes.
O trabalho segue até o dia 31 de agosto e é realizado de segunda-feira à sexta-feira, com o objetivo de intensificar as ações de educação em saúde e realizar a eliminação mecânica do mosquito com a limpeza de lavanderias, eliminação de depósitos, entre outras medidas.
"A ação conjunta contempla diversos bairros de Aracaju, como Santa Maria, Santos Dumont, Siqueira Campos e a zona de expansão, entre outros. Além de intensificar o combate à doença, o trabalho serve de alerta para a população, que deve sempre atuar junto com o poder público no combate à dengue", afirma Raulinna Gomes de Souza Lima, gerente do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) de Aracaju.
LIRAa
De acordo com os dados do 4º Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypt (LIRAa), realizado em julho de 2011, 10 bairros foram classificados como baixo risco, 29 bairros como médio risco e nenhum como alto risco. A Prefeitura conseguiu baixar o índice de infestação predial em 82,05% dos bairros. Dos 39 bairros de Aracaju, o trabalho da força-tarefa reduziu o índice em 32 deles e o maior registrado foi de 2,9%, no Cirurgia e Siqueira Campos.
No Cirurgia, a maioria dos criadouros estava em vasos de plantas, nas latas e entulhos encontrados pelos agentes de endemias nos quintais das residências. Já no Siqueira Campos, os focos do Aedes aegypt foram encontrados nas lavanderias, nos ralos, em vasos sanitários sem uso e em pneus.
Lavanderias
Dados do último LIRAa mostram que 100% dos focos do Aedes estão dentro das residências, onde o mosquito está encontrando abrigo e condições propícias para sua proliferação. As lavanderias registraram o percentual de 57%, seguidas dos pequenos depósitos como vasos e pratos, frascos com plantas, bebedouros de animais, calhas, lajes, ralos, vasos sanitários em desuso e outros, que tiveram percentual de 34,4%.
"Os agentes de endemias seguem eliminando os focos de reprodução do mosquito, vistoriando quintais e ensinado aos moradores importantes cuidados para a prevenção de criadouros de larvas do Aedes aegypt. Porém, a população deve se conscientizar de que o combate à dengue é de responsabilidade de todos", ressalta Silvio Santos, secretário municipal de Saúde.
