O trabalho de controle da hanseníase é permanente na capital sergipana. Uma das ações estratégicas realizadas pela Prefeitura de Aracaju, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), aconteceu nesta quinta, dia 05, na Unidade de Saúde da Família (USF) Onézimo Pinto, localizada no bairro Jardim Centenário. Equipes de saúde receberam orientações e informações para intensificar a busca ativa de pessoas com a doença.
A atualização reuniu enfermeiros, assistentes sociais e agentes comunitários das seis equipes da USF. Eles tiraram dúvidas sobre aspectos da doença, acolhimento, prevenção, controle e fluxos da assistência clínica. A conversa técnica foi dirigida pelas coordenadoras dos Programas de Controle da Hanseníase das secretarias Municipal e Estadual da Saúde, Anaíde Prado e Daniele Teles de Oliveira, respectivamente.
Também foi distribuída entre os profissionais a cartilha do Ministério da Saúde intitulada ‘Como ajudar no Controle da Hanseníase?', dirigida, em especial, aos agentes comunitários. A cartilha traz informações básicas sobre a doença, os sinais e sintomas da hanseníase, além de orientações sobre o acolhimento aos doentes e a vigilância da doença.
"Quanto mais tarde se faz o diagnóstico, mais frequentes são as sequelas da hanseníase, que podem ser graves e incapacitantes. Muitas delas provocam as deformidades que ao longo de séculos contribuíram para gerar tanto medo da doença e preconceito contra os doentes. E nós profissionais de saúde somos peças chaves para ajudar a sociedade a controlar a hanseníase", disse Daniele Teles.
Cura
Anaíde Prado reforçou a necessidade de ampliar a busca ativa de pessoas com a doença e de agilizar o diagnóstico. "Quanto mais rápido fizermos o diagnóstico, mais fácil será curar as pessoas sem deixar sequelas e sem prejudicar suas vidas", reforçou.
A agente comunitária de saúde Cláudia Regina dos Santos atua na unidade há mais de oito anos e contou, com orgulho, um pouco da sua experiência. "Eu supervisionei o tratamento de três pessoas com a doença. E os três usuários tiveram alta no ano passado", contou Cláudia Regina.
"Esse trabalho de mobilização e educação dos profissionais é muito importante para dar qualificar o processo de diagnóstico, tratamento e cura dos pacientes com hanseníase, lembrando que quanto mais cedo houver o diagnóstico, mais preciso será o tratamento", afirmou Silvio Santos, secretario municipal de Saúde.