Silvio Santos fala sobre os avanços na saúde

Saúde
05/08/2011 16h21
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Hoje, 5 de agosto, é comemorado o ‘Dia Nacional da Saúde'. A data homenageia o nascimento do médico, cientista, epidemiologista, sanitarista e gestor público Oswaldo Cruz. Em Aracaju, a Prefeitura Municipal vem adotando uma série de medidas para oferecer aos usuários da rede pública serviços e atendimento de qualidade. De acordo com o vice-prefeito e secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, muitas melhorias e avanços foram constadados. Em entrevista à Agência Aracaju de Notícias, ele destaca a agilidade na marcação de cirurgias de pacientes que aguardavam há meses pelo procedimento e o fornecimento regular de medicamentos na rede.

 

Agência Aracaju de Notícias - Uma reclamação frequente dos usuários era com relação aos exames atrasados. O que tem sido feito para colocar a marcação em dia?

Silvio Santos - Quando assumi a secretaria de Saúde, foi identificada uma demanda reprimida de usuários que não conseguiam sequer realizar exames simples, prestadores não queriam mais prestar serviço por conta dos valores da tabela do SUS. Quanto aos exames laboratoriais de análises clínicas, o serviço foi renegociado e a oferta regularizada. Negociamos também os exames de média e alta complexidade e normalizamos o serviço. Mas como detectamos uma demanda reprimida muito grande de pacientes com exames solicitados em 2010, ainda sem realização, decidimos lançar um mutirão. Esse mutirão é a realização desses exames através de um contrato sem que isso atrapalhe ou congestione o sistema de marcação atual. O que isso quer dizer? As novas solicitações foram se somando às antigas, gerando todo esse acúmulo e essa demanda reprimida. Até agora, já foram agendados mais de 500 exames, entre ecocardiogramas, ultrassonografias, procedimentos oftalmológicos, testes ergométricos e densitometrias ósseas.

AAN - O que o paciente deve fazer para agendar um exame atrasado?

SS - A captação desses pacientes é feita de duas maneiras. Uma é pela Ouvidoria do SUS e a outra é nas próprias Unidades de Saúde. Todos os usuários que tenham marcado exames em 2010 e que ainda não foram realizados, devem procurar a gerente da Unidade de Saúde mais próxima de sua casa e apresentar a solicitação de exame. Essas solicitações serão encaminhadas à Secretaria que irá agendar o exame e confirmar a data com o paciente. Os exames começaram a ser realizados desde maio. Vale alertar que em alguns casos, estamos com dificuldade de entrar em contato com algumas pessoas por conta de números de telefone errados ou incompletos. Outro ponto é em relação às faltas. Cerca de 30% desses pacientes que foram contatados e tiveramos exames agendados não compareceram à Clínica.

AAN - Quais foram as medidas tomadas pela SMS com relação às cirurgias eletivas?

SS - Quanto às cirurgias eletivas, uma parceria com a Secretaria Estadual da Saúde viabilizou um acordo com o Hospital Cirurgia para atender às solicitações reprimidas de Aracaju. Mensalmente, estão sendo realizadas 100 cirurgias ortopédicas; 55 cirurgias de hérnia, próstata, vesícula e postectomia; 20 artroscopias; 120 colonoscopias e retossigmoidoscopias; 500 tomografias computadorizadas além do pronto atendimento em ortopedia. Já com o Hospital Santa Isabel, foram acordadas 400 cirurgias mensais relacionadas à saúde da mulher, como períneo, laqueadura, mioma e histerectomia.

AAN - A falta de médicos é um problema nacional. Porém o que foi feito pela SMS na tentativa de regularizar as escalas médicas?

 SS - Até o início deste ano, as escalas do Nestor Piva (Zona Norte) e do Fernando Franco (Zona Sul) apresentavam falhas excessivas. O usuário buscava atendimento em uma dessas Unidades, não conseguia e se deslocava para outra, o que causava transtornos. Para piorar a situação, Aracaju ainda apresentava um déficit de 109 médicos. Apesar disso, foram abertas negociações, contratação emergencial de profissionais e a realização de um concurso público. Há mais de 120 dias, a escala de médicos do Nestor Piva está completa, com clínicos, cirurgiões de ortopedistas. No Zona Sul, estamos trabalhando para conseguir a mesma regularização. Mas é preciso ficarmos atentos, porque essa não é uma responsabilidade exclusiva da secretaria. As faltas e atrasos dos profissionais ao serviço também complicam essa situação.

AAN - E quanto aos medicamentos? Como se encontra a situação no momento?

SS - Em dezembro do ano passado, o maior índice de reclamações mensurado pelas Unidades de Saúde da Família e pela Ouvidoria da SMS referia-se ao desabastecimento de medicamentos. Realizamos um levantamento e abertura de processo licitatório para aquisição desses itens. Na lista de 272 itens padronizados pelos SUS, pelo menos 50 estavam em falta e muitos ainda sem processo de compra implantado. Hoje a situação é a seguinte: todos os medicamentos constantes na relação padronizada e de distribuição gratuita obrigatória do município estão licitados, e licitados em tempo hábil.