Cursos de qualificação abrem portas para mercado de trabalho

Família e Assistência Social
24/08/2011 17h10
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Os cursos de qualificação oferecidos pela Prefeitura Municipal de Aracaju, desenvolvidos pela Secretaria Municipal de Assistência Social, têm revelado excelentes resultados. São dezenas de vidas melhoradas e profissionais formalizados. Frutos que vêm sendo gerados desde 2009, quando foi implantado o Programa Setorial de Qualificação Profissional (Planseq), voltado exclusivamente para os beneficiários do Programa Bolsa Família.  

Ao final dos cursos, na área de construção civil, os formandos têm encontrado boas respostas do mercado de trabalho. Foi isso que aconteceu com Elenildes Oliveira, 35 anos. Ela trabalhava como manicure quando recebeu do Bolsa Família o convite para participar dos cursos. Sem pensar duas vezes, não desperdiçou a oportunidade.

"Eu não tinha nada a perder, até porque o curso era gratuito. Me inscrevi e de janeiro a abril de 2010 me dediquei aos estudos, tornando-me uma instaladora hidráulica.  Depois de formada entreguei meu currículo em várias construtoras, mas encontrei resistência. Nesse campo, a mulher não é muito bem vinda. Mas, em fevereiro deste ano, comecei a trabalhar como meio-oficial sem experiência em uma construtora e três meses depois fui contratada como profissional, com carteira assinada", contou a ex-aluna do Planseq.

Elenildes venceu a resistência do mercado e caiu nas graças da empresa. "Dentro do período de experiência ela mostrou que é capaz e a contratamos como bombeira hidráulica", informou João Ricardo dos Anjos, mestre de obras da construtora em que ela trabalha.

A ex-manicure está feliz com a oportunidade não desperdiçada e com os ganhos adquiridos. "Amo meu trabalho", enfatizou Elenildes, acrescentando que financeiramente está em situação muito melhor. "Ganho o salário do mercado, de profissional", explicou.

Profissão formalizada

José Eliel Macena, 48 anos, passou os últimos anos da sua vida trabalhando como autônomo, fazendo diversos serviços. Se a obra precisava de pedreiro, lá estava ele para ocupar a vaga. Se a necessidade era de eletricista, novamente se apresentava para o serviço. Mas não saía disso. Sem carteira assinada, sem salário certo e sem uma profissão definida vivia à mercê das oscilações do mercado de trabalho.

Essa situação instável é coisa do passado para José Eliel. Atualmente ele é contratado como eletricista, com carteira assinada, em uma concessionária de veículos. A estabilidade profissional foi conquistada depois que ele participou do curso "Eletricista de Baixa Tensão", oferecido pela Semasc, em parceria com a Secretaria de Estado do Trabalho e o Senai.

"Estou vivendo uma vida nova. Agora tenho uma profissão. Antes eu vivia fazendo bico e hoje sou um eletricista", declarou o alagoano José Eliel, informando que se inscreveu para o curso no Cras José Rollemberg Leite, no bairro Agamenon Magalhães. Em dezembro, ele completa um ano de serviço na concessionária.