Todas as 43 Unidades de Saúde da Família e a Referência em Hanseníase de Aracaju, que fica no Centro de Especialidades Médicas (Cemar), no Augusto Franco, receberam mais um instrumento que vai auxiliar no controle da hanseníase: o livro de Registros de Pacientes e Acompanhamento de Tratamento dos Casos de Hanseníase. A entrega aconteceu no auditório do Centro de Educação Permanente em Saúde (Ceps) em Aracaju. Os livros foram doado pela Ong Leprosy Relife Association (L.R.A) às Secretarias Municipal e Estadual da Saúde, para auxiliar os profissionais da saúde no controle e no acompanhamento dos casos de hanseníase. Segundo a técnica do Programa Municipal de Controle da Hanseníase, Anaide Prado, a intenção é aumentar o número de pacientes curados. "Além dos registros obrigatórios nos portuários dos pacientes, os profissionais das equipes das Unidades, agora podem contar com o livro que será um registro único de todos os casos de hanseníase naquela Unidade. A meta é auxiliar os profissionais de Saúde para que se alcance um aumento no índice de cura da doença", ressalta. Todas as informações presentes no livro também estão na ficha de Investigação e Notificação do Sistema de Nacional de Agravos de Notificação, o que vai agilizar o trabalho de notificação. De acordo com a coordenadora da Vigilância Epidemiológica de Aracaju, Taíse Cavalcante, a novidade vai auxiliar, também, a estimular a continuidade do tratamento. "Esse novo instrumento vai facilitar o acompanhamento dos casos de hanseníase. E o objetivo é fazer com que os pacientes não se afastem do tratamento. Os profissionais da saúde estarão acompanhando, através do livro, que será um registro único de cada Unidade de Saúde, possibilitando um aumento nos casos de cura e facilitando os registros dos casos. Para isso o livro é autoexplicativo e de fácil preenchimento", afirma. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, o livro serve como mais uma ferramenta para os profissionais da saúde. "Com o livro poderemos planejar melhor as estratégias necessárias para alcançarmos resultados positivos, como o aumento da cura, a diminuição do abandono do tratamento, a avaliação e o acompanhamento junto aos familiares dos pacientes com hanseníase", conclui. Doença Os principais sintomas e sinais da hanseníase são manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo, áreas da pele que não coçam, mas ‘formigam' e ficam dormentes, além da diminuição ou ausência de dor e da sensibilidade ao calor, ao frio e ao toque. A hanseníase é uma doença infecciosa e atinge a pele e os nervos dos braços, mãos, pernas, pés, rosto, orelhas, olhos e nariz. O tempo entre o contágio e o aparecimento dos sintomas é longo e varia de dois a cinco anos. É importante que, ao perceber algum sinal, a pessoa com suspeita da doença não se automedique e procure imediatamente o serviço de saúde mais próximo. Todos os casos de hanseníase têm tratamento e cura. A doença pode causar deformidades físicas, evitadas com o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS). O tratamento pode durar de seis a 12 meses, se seguido corretamente.
