Educação debate critérios para reposição das aulas

Educação
26/08/2011 15h01
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A Secretaria Municipal da Educação (Semed) convocou nessa quinta-feira, 25, os coordenadores escolares da rede de ensino de Aracaju para discutir a situação do calendário letivo em função da greve dos professores, que durou 67 dias. A categoria se colocou à disposição para reposição dos dias paralisados, mas ainda assim reivindicam férias de 30 dias que já estavam programadas no período da greve. De acordo com o secretário municipal da Educação, Antônio Bittencourt Júnior, as atividades nas escolas precisam ser restabelecidas e funcionar de forma plena.

"Saímos do processo de greve e os efeitos dela precisam ser minimizados para ambas as partes. Como sabemos, a greve foi interrompida de forma legal e a vida segue, assim como as aulas precisam ser retomadas com estímulo e sem qualquer resquício de animosidade por parte da categoria. Enquanto gestor municipal, a minha expectativa é conduzir de maneira eficiente as ações desta secretaria, cumprindo com o papel institucional, sempre aberto às críticas. Educação é nossa pauta diária e não nos distanciamos dela em nenhum instante", considerou o secretário Antônio Bittencourt.

Na oportunidade, assuntos referentes ao direito de férias, obrigação de reposição de aulas, reorganização do calendário escolar, progressão de estudo e eleição dos conselhos escolares e coordenadores, que deve ocorrer em dezembro deste ano, também foram discutidos. Dentro dessas pautas, os professores receberam orientação para organizar o novo calendário até o dia 9 de setembro, data limite estipulada pela Semed.

Reposição

Segundo a Diretora de Ensino da Semed, Antônia Arimatéia, as escolas precisam debater e deliberar para viabilizar da melhor forma possível o novo calendário, sem prejudicar o ano letivo dos estudantes. "Os coordenadores e professores devem organizar o calendário sem a possibilidade de férias que, no entendimento da secretaria, já foram usufruídas durante o período de greve, além de deixar vago um sábado em cada mês para reposição de aulas", afirmou justificando que a comunidade escolar não pode sair prejudicada nesse processo.

Em uma demonstração de bom senso, a coordenadora administrativa da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Olga Benário, Itamara Leite Lopes, se posicionou de forma compreensiva. "A minha posição, enquanto professora, é que a categoria tem direito à greve e a férias, mas devemos arcar também com nossas responsabilidades, repondo as aulas perdidas e sempre usando o bom senso nas tomadas de decisão. Na rede estadual, onde também leciono, abri mão das minhas férias e repus todas as aulas do período de greve. Não vejo razão para não fazer o mesmo aqui" declarou.