Com o slogan "Minha vó já dizia...", o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Liberdade, da Secretaria Municipal de Saúde, encerrou nesta terça-feira, 30, a VIII Exposição Visão Folclórica. O evento de encerramento aconteceu na Biblioteca Municipal Clodomir Silva, localizada no bairro Siqueira Campos, onde ocorreu a entrega de certificados dos cursos oferecidos e apresentação musical da Banda Pilão de Pífano.
A VIII Exposição Folclórica, construída pelos usuários e funcionários do CAPS Liberdade, começou no dia 12 de agosto e trabalhou com a valorização dos ditados populares e da cultura popular transmitida de forma oral. Durante os 18 dias, vários alunos da rede municipal de Aracaju e usuários de outros CAPS visitaram a Biblioteca para conhecer um pouco mais do trabalho. Também foram oferecidos cursos de artesanato (mosaico e feltro), que neste ano contaram com a participação da comunidade.
A organizadora do evento e terapeuta ocupacional, Fabiana Brandão, fala que a exposição alcançou o objetivo, pois além de trazer pessoas da comunidade para os cursos oferecidos, alunos das escolas da rede municipal também tiveram a oportunidade de conhecer a exposição, os usuários e a forma como se trabalha nos CAPS.
"Atividades como essas colaboram muito no tratamento dos usuários do CAPS principalmente porque temos a oportunidade de levar os usuários para ambientes externos, mostrar as exposições para nossa sociedade, bem como debater a saúde mental a partir da cultura", afirma a terapeuta.
Continuidade
Fabiana contextualiza que essas atividades terão continuidade dentro do próprio Caps. "Este é um projeto que não pode acabar. Iremos pegar essas imagens feitas com os ditados populares e divulgar lá nos Caps. Desde já começamos a pensar no tema do próximo ano, queremos que nossos usuários trabalhem de forma a vontade e aprendam como já foi debatido com os temas das danças, ervas medicinais, lendas entre outras" esclarece a organizadora.
Segundo o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, a intenção é integrar a comunidade. "A realização de trabalhos coletivos que desenvolvem a criatividade tem sido cada vez mais comuns nos Centros de Atenção Psicossocial. Temos no calendário de oficinas uma programação diversificada. A ideia é ajudar no desenvolvimento dos usuários, com a participação da família e da própria comunidade. Essas atividades estimulam a socialização desses usuários", afirma.
Decoração coletiva
Todo o processo de criação até a montagem da exposição contou com a participação efetiva dos usuários do CAPS. A exemplo da usuária I.L., de 45 anos, que frequenta as oficinas desde 2006 e que participou pela primeira vez deste tipo de atividade. "Sempre gostei muito de ajudar as pessoas e aí apareceu esta oportunidade de montar a nossa exposição. Foi muito interessante integrar esta atividade, pois além de relembrar as frases da minha infância e dos próprios ditados do meu pai, também participei dos cursos de artesanato", declara a usuária.
