O Sistema de Vigilância de Violência e Acidente (VIVA), criado pelo Ministério da Saúde em 2006, é uma ferramenta que visa obter dados e divulgação de informações sobre violências e acidentes atendidos nas redes públicas de urgência do país. A partir disso, há a possibilidade da criação de políticas para atuar na prevenção, como a Lei Maria da Penha, e a implantação de 104 núcleos de prevenção de violência em todo Brasil.
O levantamento de dados é feito através da aplicação de um questionário que traça o perfil das vítimas atendidas por violência ou acidentes. Para atuar nessa pesquisa, a Prefeitura de Aracaju selecionou 28 pessoas através de Processo Seletivo Simplificado, que participam de treinamento para realizar a coleta de dados de forma eficaz.
Segundo a referência técnica do Núcleo de Prevenção da Violência, Karla Viviane, a capacitação vai explicar que informações serão obtidas. "No treinamento há a apresentação do inquérito, do objetivo do estudo e exposição do perfil da vítima obtido na pesquisa de 2009, tudo para os alunos terem noção de quais dados são possíveis obter através da pesquisa", explica.
Dados
Para realizar o estudo, foram selecionados alunos de medicina e enfermagem que coletarão 2.000 dados durante todo o mês de setembro nos serviços de Urgência e Emergência da Unidade de Atendimento Nestor Piva e no Hospital de Urgências de Sergipe (HUSE). "É importante que os alunos compreendam muito bem a pesquisa, pois as coleta de dados é um passo fundamental para o trabalho", explica Karla Viviane.
De acordo com a coordenadora da Promoção da Saúde da Secretaria Municipal da Saúde (SMS), Sayonara Carvalho, a meta é que, através de financiamento do Ministério da Saúde, seja possível priorizar recursos e realizar essa pesquisa anualmente no Estado. "Essa pesquisa do Ministério da Saúde é essencial para traçar o perfil das violências no país, e Aracaju tem total interesse nisso devido ao direcionamento das políticas na capital", finaliza ela.
Aprendizado
Segundo a aluna de enfermagem Luciana Junqueira, que também participou do inquérito de 2009, o trabalho é importante para obter conhecimento dos serviços de saúde. "Para nós alunos, enriquece muito o currículo e é um excelente aprendizado, pois não temos um direcionamento tão grande para a violência na faculdade, então essa pesquisa nos engrandece bastante", conta ela.
