A Associação Sergipana de Imprensa (ASI) comemorou 78 anos de fundação com uma festa e homenagem a comunicadores, autoridades e instituições. Aconteceu na noite da quarta-feira, 30, quando foi outorgada a medalha de mérito jornalístico Monsenhor Fernandes da Silveira. A medalha entregue de dois em dois anos é uma forma de reconhecimento a personalidades que se destacaram no jornalismo ou em prol da comunicação. "A competência profissional, personalidade e ética foram os critérios essenciais avaliados pela comissão julgadora para a escolha dos homenageados", explicou o presidente da ASI, Cleiber Vieira.
Dentre os homenageados estavam o professor e acadêmico Jorge Carvalho, o jornalista e pesquisador Luiz Antonio Barreto, o editor do Jornal do Dia, Gilvan Manoel, o editor do Correio de Sergipe, Raimundo Britto, e o radialista Roberto Silva. Compunham a mesa o presidente do Tribunal de Justiça, desembargador José Alves, o procurador federal Givaldo Rosa Dias, o presidente da Academia Sergipana de Letras, José Anderson Nascimento, o presidente do Sindicato dos Radialistas, Fernando Cabral, e a presidente da Associação dos Defensores Públicos de Sergipe (Adpese), Gláucia Amélia.
Também compôs a mesa o secretário municipal de Comunicação Social, Marcos Cardoso, que representou o prefeito Edvaldo Nogueira. Na oportunidade, ele enfatizou a proximidade com a instituição que tem tradição democrática e intelectual.
"Tenho uma relação longa e muito positiva com a ASI desde a minha militância sindical, afinal, o Sindicato dos Jornalistas é uma instituição irmã dessa associação. Aqui dentro, pude desfrutar da amizade e companheirismo de grandes figuras do jornalismo sergipano, como Célio Nunes, fundador do Sindicato dos Jornalistas e ex-presidente da ASI, Benvindo Salles, Elito Vasconcelos e José Eugênio de Jesus, esse baluarte do jornalismo que ainda é o presidente de honra da ASI. Tenho, inclusive, uma gratidão por essa instituição que me concedeu por duas vezes o prêmio de jornalista do ano", afirmou o secretário.
A jornalista Sacuntala Guimarães, uma das homenageadas no evento, falou sobre as emoções e desafios da profissão de jornalista. "Ser jornalista é uma profissão que parece simples, mas nos leva a duros embates diariamente. Entre tantos porquês e desafios da profissão, o motivo que nos move e pulsa a continuar é a coragem. Por isso, agradeço à imprensa que me deu a oportunidade de me transformar no que sou e de colocá-los ao lado de meus amigos e colegas de profissão", diz a jornalista.
Para o diretor da ASI, Marcos Cabral, o convite realizado à Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) para prestigiar a cerimônia de comemoração se justifica pelo excelente trabalho da municipalidade em prol da comunicação.
"A Prefeitura de Aracaju executa um excelente trabalho na divulgação dos serviços e ações que vem desempenhando. A prioridade pela informação e o papel de utilidade pública sempre é evidenciado nas suas matérias e informativos. Além disso, o tratamento prestado à imprensa, durante os grandes eventos e outras solenidades que ela organiza, é exemplar e demonstra o profissionalismo e dedicação de toda a equipe da PMA", afirma o diretor.
Mais homenagem
A cerimônia foi encerrada com a inauguração do Espaço Cultural Jornalista Eanes Barbosa dos Santos, localizada na própria sede da ASI. Para Cleiber Vieira, mesmo completando 78 anos, a ASI ainda se mantém disposta a continuar o seu trabalho colaborativo na imprensa local. "O nosso objetivo não só é continuar se fortalecendo como um centro preocupado pelas questões do jornalismo sergipano, como também agregar novos conhecimentos, seja da área educacional, cultural e de outros setores. A proximidade com os 80 anos nos deixa mais dispostos a renovar o nosso quadro de colaboradores e a construir novos projetos que aproximem os jornalistas mais experientes com os recém formados da área", disse.
ASI
A instituição nasceu de um grupo de jornalistas no dia 31 de agosto de 1933, no salão Nobre do Recreio Clube. Alguns ilustres que já fizeram parte da instituição foram Acrísio Cruz, Antônio Ferraz Alves, José Maria Fontes, Edson Ribeiro, Humberto Dantas, Zózimo Lima, Gonçalo Rollemberg Leite, Eliezer Leopoldino de Santana, Monsenhor João Moreira Lima, Leite Neto e Godofredo Diniz, que doou o terreno para a construção da sede.