SMS incentiva práticas complementares de saúde

Saúde
06/09/2011 17h15
Início > Notícias > SMS incentiva práticas complementares de saúde

A plantação de ervas medicinais, um herbário, e o grupo de terapia comunitária da Unidade de Saúde da Família (USF) Irmã Caridade, do povoado Aloque, receberam a visita de técnicos do Núcleo de Apoio à Gestão Estratégica Participativa (NAGEPI) da Secretaria Municipal da Saúde (SMS). Como parte da pesquisa intitulada 1º Censo de Práticas Integrativas e Complementares e Educação Popular em Saúde, a visita serviu para coletar informações da comunidade.  

Segundo o coordenador do NAGEPI, Murilo de Brito, o objetivo é elaborar um banco de dados contendo informações relativas a diversas Unidades de Saúde da capital. Com esse material, o núcleo pretende elaborar um projeto para fazer parte da política pública municipal da Saúde.

"Estamos coletando informações em todas as USFs, para identificarmos e reconhecermos as Práticas Integrativas e Complementares (PICS) e ações de Educação Popular em Saúde (EP&S) que são desenvolvidas nas unidades de Aracaju. Estamos montando um banco de dados dessas experiências", explica. 

De acordo com o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, a ação deverá ser implantada em outras unidades. "Além da USF Irmã Caridade, unidades como USF Manoel de Souza Pereira também desenvolvem práticas que complementam o cuidado em Saúde ao usuário. A novidade é que estaremos garantindo dentro da nossa gestão um espaço de articulação e fomentação para potencializar ações dessa natureza", afirma.

Questionário

Durante as visitas, os técnicos do NAGEPI estão aplicando o questionário da pesquisa e os dados são enviados para o sistema de informação do Ministério da Saúde. "Nas unidades, conversamos com gerente e funcionários mais antigos. Dentre as perguntas, queremos saber se há profissionais com formação em terapia comunitária, massoterapia, fitoterapia ou acupuntura auricular com sementes ou agulhas. Também procuramos saber se a comunidade local tem tradição quanto ao uso de plantas e ervas medicinais", conta Kátia Aragão. 

A gerente Sônia Maria Cruz afirma que a comunidade do Aloque tem tradição em fitoterapia. A servidora pública da Unidade, Maria de Lourdes de Jesus, é a responsável pelo herbário. "Aqui, a população utiliza ervas medicinais no nosso herbário para doenças como gripe e infecções na pele, como o chamado pano branco", afirma a servidora.

A unidade do Aloque também organiza, há dez anos, o Grupo de Terapia Comunitária do Aloque. Atualmente, o grupo tem cerca de 30 integrantes assíduos, na faixa etária de 58 a 70 anos. A aposentada Carmélia Vieira Silva, de 75 anos, é uma das frequentadoras mais velhas do grupo. "Aqui, toda semana a gente se encontra para falar de nossas dificuldades pessoais e da nossa família, oramos e fazemos exercícios de relaxamento", conta.

Segundo o técnico do NAGEPI, Jeilson Assunção, as experiências relacionadas à educação popular em Saúde também estão sendo resgatadas. "Ainda nas visitas, estamos colhendo informações sobre as relações que as equipes de Saúde tem com lideranças religiosas, as parteiras e as benzedeiras", diz o técnico NAGEPI.