Encontro discute demandas do movimento negro

Agência Aracaju de Notícias
09/09/2011 17h07
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Com o objetivo de estimular uma política de integração entre os movimentos sociais e o poder público municipal, a Prefeitura de Aracaju, através da Coordenadoria de Promoção à Igualdade Racial (Copir) da Secretaria de Participação Popular (Sepp), realizou o sexto ciclo de debates com representantes dos movimentos negros, afro-religiosos e afro-culturais da capital. O encontro, realizado nessa quinta-feira, 8, no Centro Municipal de Aperfeiçoamento de Recursos Humanos (Cemarh), do bairro Siqueira Campos, discutiu as principais demandas dos grupos participantes, além de aproveitar a oportunidade para planejar os preparativos para as comemorações do Dia da Consciência Negra.

"A intenção é que o Dia da Consciência Negra não concentre suas atividades em uma única data, mas se estenda por vários dias no mês de novembro. Já estamos analisando como a Prefeitura de Aracaju pode ajudar na logística e organização estrutural do evento, a partir da mobilização de secretarias e unidades que ofereçam suporte à equipe de organizadores. Além disso, a reunião contemplou a discussão de alguns questionamentos dos grupos afro-religiosos sobre qual o limite de som ambiente permitido durante os seus cultos e celebrações religiosas", explica Florival de Souza Filho, coordenador do Copir.

Segundo Florival, as próximas reuniões irão retomar algumas discussões já iniciadas, além de formalizar a equipe responsável pela comissão organizadora do dia da Consciência Negra. "Por enquanto, foram estipuldas mais três reuniões. A primeira será com o grupo dos capoeiristas e a intenção é convidar o secretário Municipal de Esporte e Lazer, Fábio Mitidiéri. A segunda  reunião será com os representantes afro-religosos e gestores da Funcaju, e a terceira reunião irá formalizar quem serão os componentes da comissão organizadora dos festejos do mês de novembro e também de algumas celebrações realizadas no mês de dezembro", afirma Florival.

Diálogo

Em sua sexta edição, o ciclo de debates já contemplou a participação de gestores municipais, como o secretário Municipal de Educação (Semed), Antônio Bittencourt, e o diretor da difusão cultural da Fundação Municipal de Cultural e Turismo (Funcaju), Alisson Couto. Além de solicitar a participação de estudiosos ligados às questões do movimento negro ou de especialistas dispostos a esclarecer dúvidas e questionamentos gerais levantadas pelos  grupos participantes.

O objetivo é estabelecer um cronograma fixo e periódico para as próximas reuniões. "Por enquanto, ainda não conseguimos estabelecer um planejamento fixo de todos os encontros, mas esses detalhes já estão sendo discutidos com os grupos. A cada reunião percebo a empolgação e contentamento dos participantes em notarem que o diálogo com os gestores municipais é aberto e sem muita burocracia", diz Florival.

Ainda segundo o coordenador, o comprometimento do município com os movimentos socais é uma das principais políticas defendidas pela atual administração. "A política de participação e integração popular sempre foi defendida pelo prefeito Edvaldo Nogueira. Com a criação da Copir, foi possível estabelecer um diálogo próximo e bem direto com esses representantes e repassar as principais demandas desses movimentos para as secretarias que, posteriormente, analisam quais questões são passíveis de resolução imediata ou as que necessitam de maiores discussões", conclui.