Uma equipe de fiscais da Prefeitura de Aracaju realizou uma ação no centro da capital para impedir o avanço do comércio irregular de ambulantes. O trabalho foi feito por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que emitiu 36 notificações de desocupação aos comerciantes que não possuem autorização. A ação, executada durante o período noturno, aconteceu nos calçadões da Laranjeiras, São Cristóvão e João Pessoa.
O gerente de Espaços Públicos, Antônio Pereira, informou que a fiscalização será intensificada no local com a finalidade de proibir e retirar os comerciantes do local. "Foram emitidas 36 notificações, sendo que os demais ambulantes devem estar cientes de que estão irregulares e, portanto, não estão autorizados para comercializar no local", disse.
Segundo Pereira, o problema é ainda maior porque o comércio irregular que acontece nos calçadões do centro impede a limpeza do espaço público. "Os comerciantes atuam após o fechamento do centro comercial e isso impede que as equipes de limpeza entrem para executar o recolhimento dos resíduos produzidos durante o dia", registra.
Muitos lojistas, de acordo com o gerente, também estão solicitando a retirada dos ambulantes em razão do recebimento das mercadorias. "Muitos lojistas recebem as mercadorias durante o período noturno e o grande número de ambulantes tem atrapalhado esse serviço porque eles ocupam indevidamente cada espaço do centro. Esse também é um dos motivos pelo qual estamos reforçando a fiscalização", esclarece.
Segurança
O risco para a segurança pública também é outra situação que gera preocupação. "Após o horário comercial não há um dimensionamento de policiais e guardas para manter a segurança. O comércio irregular representa um perigo porque ele se mantém durante a noite, colocando em risco as pessoas que ali frequentam", ressalta Antônio Pereira. "Diariamente vamos manter 30 fiscais atuando até o controle do comércio irregular", acrescenta.
Pereira destaca ainda que muitos ambulantes irregulares são comerciantes que possuem permissões. "Esses ambulantes que estão utilizando o espaço público do centro da capital são em sua maioria lojistas, que não se contentam e acabam buscando obter mais lucro após o horário comercial. Os vendedores de frutas e verduras inclusive são os mesmos que possuem comércio no mercado municipal", aponta.
