De acordo com o último Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypt (LIRAa), divulgado na última quarta-feira, 14 de setembro, pela Secretaria Municipal da Saúde (SMS), o bairro Luzia, zona sul da capital, apresentou índice de infestação predial de 3,1% , ou seja, médio risco, o que serve de alerta para a população. No LIRAa anterior o bairro apresentou índice de 0,4% - baixo risco. Com o intuito de reduzir esse índice o Programa Municipal de Controle da Dengue reforça o combate ao mosquito com a Força-tarefa nesta sexta-feira e no sábado.
Em parceria com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), que realiza a limpeza dos locais públicos mais propícios para o desenvolvimento do mosquito, como entulhos nos terrenos baldios, cerca de 1000 residências serão visitadas pelos agentes de endemias nos dois dias de atividades. Nas visitas também são realizadas vistoria dos depósitos que podem servir como abrigo para a dengue e orientações educativas.
O supervisor do bairro, Glaubert Carvalho, explica que o trabalho de eliminação dos focos é realizado a cada bimestre em cada casa da comunidade. "Realizamos o nosso trabalho de quarta a sábado, todas as semana do ano. No total, são realizadas seis visitas às casas das pessoas, sem contar os mutirões de combate a dengue. Contudo todo esse esforço não será válido se cada cidadão não colaborar no combate à dengue", afirma o supervisor.
De casa em casa
Uma das casas visitas hoje foi a de Ângela Maria, 55, dona de casa que se previne e dá lição sobre os cuidados necessários no combate ao mosquito. "Precisamos ter a consciência de que a dengue é responsabilidade de todos. Informação sobre o assunto e a visita dos agentes a gente sempre tem, agora só falta cada um fazer a sua parte, seja ela em não acumular água, em limpar corretamente os reservatórios ou mesmo ligando e denunciando algum terreno baldio", ressalta a moradora.
A dona de casa também informa que na semana passada, a neta apresentou sintomas da doença e logo foi levada para a Unidade de Saúde da Família (USF) para ser medicada. "Quando ela começou a sentir febre e dores nas articulações, logo ela foi levada à unidade de saúde para ser medicada. Lá fomos bem recebidas e realizaram na menina o exame de sorologia e a hidratação. Graças a Deus não era dengue, mas não podemos descuidar", afirma Ângela Maria.
Responsabilidade
O secretário Municipal de Saúde, Silvio Santos, declara que o município tem sido referência no combate ao Aedes aegypt, contudo ele destaca que não se pode descuidar quanto a prevenção, pois a dengue se apresenta como uma doença domiciliar.
"O Ministério da Saúde (MS) preconiza que sejam feitos quatro LIRAas durante o ano e, aqui em Aracaju, nós realizamos seis. Quando há um caso de dengue na casa, fazemos o bloqueio de casos em até 300 metros da área e o preconizado pelo Ministério hoje é de 150 metros. Contudo, apelamos para que a comunidade colabore ", ressalta o secretário.