Prefeitura realiza trabalho diferenciado no controle da dengue

Saúde
20/09/2011 16h15
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As ações de campo do Programa Municipal de Controle da Dengue (PMCD) de Aracaju são desenvolvidas além das orientações dadas pelo Programa Nacional do Ministério da Saúde. Como exemplo, temos o Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa). O Ministério da Saúde determina que sejam realizados quatro LIRAas durante o ano, nos períodos que antecedem situação de risco para dengue e, em Aracaju, são realizados seis levantamentos, que correspondem aos ciclos de trabalho dos agentes de endemias da Secretaria Municipal da Saúde (SMS).

"No LIRAa, além de se descobrir o índice de infestação do bairro, também são definidos os locais e depósitos onde foram encontrados os focos e a classificação dentro dos bairros de áreas de maior e menor risco de proliferação do mosquito. Isso direciona o trabalho que será realizado pelo agente de endemias nos dois meses seguintes", explica Taise Cavalcante, coordenadora do PMCD.

O Ministério da Saúde determina que deve ser realizada uma visita a cada ciclo. Em Aracaju dependendo da classificação de risco (alto, médio ou baixo), registrado pelo LIRAa, o PMCD realiza de duas a três visitas no bairro, através do monitoramento quinzenal dessas áreas classificadas como de risco alto e médio.

"O trabalho da Secretaria no controle da dengue é realizado de forma mais ampla do que preconiza o Ministério da Saúde com a finalidade de evitar epidemias e eventuais óbitos. Isso demonstra que o combate à dengue é um compromisso da gestão", afirma Silvio Santos, secretário Municipal da Saúde, acrescentando que mesmo com a atuação da secretaria, é necessário que a população faça sua parte para combater a doença.

Investigação epidemiológica

O processo de investigação epidemiológica inicia no momento em que o agente de endemias, da Vigilância Epidemiológica, recebe ligações, através do número 3179-1000, de reclamações de focos e casos de dengue. Nesse primeiro contato, a pessoa já recebe informações e orientações sobre o controle da dengue, onde fica agendada uma visita da equipe de campo para realização de tratamento focal ou ainda o bloqueio de caso.

O tratamento focal é a busca e a eliminação de focos da larva do Aedes aegypti. E o bloqueio de casos é uma ação padronizada nacionalmente onde é utilizado o fumacê costal, no raio de atuação de até 150 metros do provável local de infecção. Em Aracaju o bloqueio é ampliado, em um raio de 300 metros, duas vezes mais do que o Ministério da Saúde preconiza, aumentando a proteção à população contra a dengue.

"O olhar diferenciado do agente de endemias, não só no controle do vetor, mas também, no desenvolvimento da doença permite a quebra da transmissão da dengue e a diminuição da gravidade dos casos. Os agentes levam orientações como, por exemplo, o retorno à Unidade de Saúde da Família para avaliação quando a pessoa apresentar os sinais de alarme (dor abdominal, vômitos e dificuldades respiratórias). Esse trabalho é fundamental para evitar complicações da dengue, inclusive óbitos e controlar a doença", ressalta Taise Cavalcante.