Plantas embelezam as casas e canteiros da cidade, têm um perfume característico e colaboram para o processo que transforma o gás carbônico em oxigênio, chamado de fotossíntese, mas precisam de cuidados adequados para que não sirvam de abrigo para o Aedes aegypti. Para isso, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) orienta a população aracajuana sobre a maneira correta de se combater a dengue e aproveitar os benefícios das plantas.
A infectologista da Vigilância Epidemiológica da Secretaria, Fabrizia Tavares, comenta que os vasinhos das plantas podem se transformar em locais propícios para a proliferação do mosquito da dengue, pois normalmente são escuros e acumulam água muito facilmente. Por isso, algumas medidas são essenciais para evitar a doença.
"A primeira recomendação é que a pessoa troque a água por areia e encha o vaso ou o pratinho até a borda. Já nos casos das plantas aquáticas, a água deve ser trocada semanalmente e o recipiente precisa ser bem lavado, tanto por dentro como por fora, com uma esponja, água e sabão para que os ovos sejam desgrudados das paredes do local", ensina a médica Fabrizia.
Para o caso das bromélias, a infectologista aconselha que as pessoas evitem ter essa planta em casa, mas no caso de preferir mantê-las é indispensável o tratamento com água sanitária, na proporção de uma colher de sopa para um litro de água, e não esquecer de tirar a água acumulada nas suas folhas. Para as plantas em xaxins, basta que a terra fique umedecida e não que a água chegue até a borda do vaso.
Fabrizia Tavares diz que a melhor forma de se evitar a dengue é combater os locais que servem de acúmulo de água, locais propícios para a criação do mosquito transmissor da doença. "Para isso, é importante não acumular água em latas, embalagens, copos plásticos, tampinhas de refrigerantes, pneus velhos, vasinhos de plantas, jarros de flores, garrafas, caixas d'água, tambores, latões, cisternas, sacos plásticos e lixeiras, entre outros. A dengue se combate todos os dias", finaliza a infectologista.
O secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, alerta para o trabalho coletivo do combate à dengue que precisa do apoio da comunidade. "O mosquito hoje tem um comportamento domiciliar. Os últimos levantamentos têm demonstrado isso, então pedimos a colaboração da população. Os focos estão dentro das casas e é preciso que os moradores sigam a orientação dos agentes de maneira contínua", pede o secretário.