Redutores de danos tomam posse amanhã

Saúde
03/10/2011 14h45
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Nesta terça-feira, dia 4, os 16 agentes redutores de danos aprovados na seleção da Prefeitura Municipal de Aracaju serão empossados. A Secretaria Municipal de Saúde retoma o Projeto de Redução de Danos, suspenso desde junho do ano passado. O projeto, vinculado à Escola de Redução de Danos do Ministério da Saúde, receberá um investimento de mais de 500 mil reais ao ano, sendo a maior parte uma contrapartida da Secretaria da Saúde de Aracaju.

Depois da posse, que acontece às 8h no Hotel Mercure, esses agentes redutores de danos passarão por uma capacitação inicial de 15 dias e começarão a realizar as atividades ainda no mês de outubro. Para o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos, o trabalho das equipes é de grande importância para a promoção da saúde pública.

"A prevenção é o melhor caminho para ter qualidade de vida e esse projeto faz exatamente isso, trabalha a orientação, educação e incentiva a prevenção, evitando que a pessoa adoeça. E não é um trabalho isolado, esse é mais um serviço oferecido pela Prefeitura, já que os nossos Centros de Atenção Psicossocial continuam funcionando, assim como toda a retaguarda para usuário de álcool, drogas, DST/Aids e Hepatites Virais", diz o secretário.

O Projeto de Redução de Danos é ligado à rede de atenção psicossocial, que aborda o usuário de drogas e profissionais do sexo. O trabalho é realizado no local onde esses grupos atuam, para promover uma educação em saúde.  "São 16 agentes trabalhando em três turnos. Eles irão aos locais onde essas pessoas estão e vão levar informações sobre prevenção. Em outras palavras, esses agentes vão fazer uma "ponte" entre os grupos e a rede municipal da saúde", explica o coordenador do projeto, Wagner Mendonça.

Atuação

Avaliando os usuários de drogas, o projeto, como o nome sugere, vai atuar para reduzir os danos à saúde. Enquanto esses usuários não querem ou não conseguem interromper o uso abusivo das drogas, os agentes vão evitar outros agravos, a exemplo de doenças associadas.

No caso dos usuários de drogas, hoje os relatos e acompanhamento dão conta de que o uso do crack é feito, na maioria das vezes, utilizando latinhas de metal encontradas na rua. Além do prejuízo do próprio uso do crack, existe o perigo de se contrair outras doenças, como leptospirose e hepatites virais. Para reduzir esses agravantes, o projeto vai trabalhar noções de prevenção, como evitar latas jogadas na rua, usar proteção na lata e até cachimbos individuais.

Paralelo a isso, têm continuidade os trabalhos de acompanhamento nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). No caso dos profissionais do sexo, os agentes vão levar informações de prevenção, intensificando a distribuição de preservativo, lubrificante, entre outros.