Pouco mais de um mês depois de ter sido invadida, a Escola Municipal de Educação Infantil (Emei) Júlio Prado Vasconcelos, localizada no bairro São Conrado, reiniciou suas atividades na manhã desta segunda-feira, 03. Os 210 alunos, com idade entre cinco meses e cinco anos, atendidos pela escola passaram o mês de setembro sem aulas por conta dos danos causados pela ação de vândalos à estrutura e aos equipamentos da instituição de ensino.
Um dos maiores prejuízos ocasionados pela invasão foi um incêndio provocado nas duas salas do berçário, o que gerou, inclusive, a queima do fardamento dos alunos. Foram também destruídos materiais como ventiladores, liquidificador industrial, bebedouros, máquinas de lavar, microondas, armários e cadeiras. Logo após o ocorrido, a Prefeitura de Aracaju (PMA), através da Secretaria Municipal de Educação (Semed), enviou ao local uma equipe técnica, que, trabalhando em regime de urgência, realizou serviços elétricos, de carpintaria e reparos diversos.
A dinamização do trabalho e o auxílio dos pais e mães da comunidade, que se prontificaram a contribuir com o processo de limpeza e reparação da escola, foram imperativos para a regularização das atividades escolares. A volta às aulas, além de constituir um avanço no processo de aprendizado das crianças, também representa uma grande assistência aos pais, que terão sua rotina diária normalizada.
A doméstica Adriana Santos da Cunha, por exemplo, foi uma das mães prejudicadas pelo fechamento temporário da escola. “Todo mundo se surpreendeu muito com o que fizeram aqui porque essas pessoas destruíram algo da própria comunidade, e que só faz ajudar as famílias. Na verdade eles são uns desocupados”, critica. “Como trabalho fora, eu precisei até pagar a uma pessoa para cuidar de minha filha durante o período em que a creche não funcionou”, revela a mãe da pequena Bruna Yasmin Mesquita. “Eu estou muito alegre porque eu sei que aqui minha filha, além de estar aprendendo, também é muito bem cuidada”, comemora.
Ações
Para evitar a reincidência de problemas como esse, a Emei agora conta com três vigilantes. Segundo a coordenadora geral da escola, Gorete Barros, ações já estão sendo pensadas para minimizar os problemas desencadeados pelo vandalismo. “Nos temos nos empenhado muito também para construir um novo calendário letivo que normalize as atividades sem prejudicar os alunos”, disse.
“As mães, que vinham cobrando bastante, estão muito felizes e os meninos estão super empolgados com o retorno das aulas”, conta Gorete. A coordenadora credita a satisfação com retomada das atividades à atuação da Secretaria Municipal de Educação. “A mobilização da Semed foi o que possibilitou que a escola, toda reformada, fosse reaberta em tão pouco tempo depois de um estrago tão grande”, elogia.
