Promover a mobilidade urbana é uma das metas da Prefeitura de Aracaju na execução de obras na capital. Por meio da Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb), a administração pública está reurbanizando o calçadão da Beira Mar. A iniciativa, que obedece aos padrões nacionais de segurança no trânsito, representa um investimento de cerca de R$ 4,2 milhões.
Na manhã desta sexta-feira, 14, a arquiteta Angélica Rocha, responsável pela elaboração do projeto, conversou com o ciclista Marcos Sérgio Reis, 50, sobre as obras de reurbanização do calçadão da Beira Mar. A arquiteta apresentou o projeto e tirou dúvidas quanto à execução dos serviços. Marcos Sérgio Reis utiliza diariamente a bicicleta como meio de transporte para se deslocar até a universidade, que fica nas proximidades da avenida Beira Mar. O professor universitário elogia a iniciativa da Prefeitura de Aracaju.
"A primeira coisa que devemos destacar é que quanto mais ciclovias tivermos, melhor será para o desenvolvimento da cidade. A prioridade sempre deve ser construir mais ciclovias, se serão feitos ajustes depois, é uma coisa a se pensar posteriormente. E nesse sentido é uma iniciativa positiva da administração municipal", elogia.
Condicionantes
Segundo a arquiteta Angélica Rocha a iniciativa foi projetada obedecendo condicionantes que orientam a execução da obra. "A ciclovia foi projetada em obediência aos parâmetros internacionais de segurança no trânsito e de preservação ambiental. Essas duas condicionantes orientam a obra, limitando a intervenção na paisagem", afirma a arquiteta.
Em obediência aos parâmetros internacionais de segurança no trânsito, o novo cartão postal da cidade terá ciclovia com faixa dupla de 2,5 metros de diâmetro, sinalização orientando os ciclistas para os desvios do trajeto, piso em concreto com drenagem e pintura diferenciada das demais faixas, iluminação, além da acessibilidade garantida nas chegadas e saídas ao longo de todo o calçadão.
Quanto à preservação ambiental, a execução da obra não vai comprometer a vegetação existente no local. Em parceria com a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), os serviços estão sendo acompanhados por biólogos que estão diagnosticando as condições de saúde das árvores existentes ao longo do percurso, inclusive as do manguezal.
"Por esta razão, algumas árvores permanecerão no trajeto e outras com a saúde comprometida serão removidas. Assim, não podemos simplesmente retirar toda a vegetação do percurso, já que isso se configuraria como uma agressão ao meio ambiente. Contudo, todo o trajeto será sinalizado horizontal e verticalmente informando aos ciclistas as alterações na via", garante Angélica Rocha.
Estética
De acordo com o presidente da Emurb, o engenheiro Osvaldo Nascimento, o projeto de reurbanização foi elaborado para embelezar a paisagem urbana, criando um novo cartão postal da cidade.
"O projeto também possui uma preocupação estética. Ele contém itens como a paginação do piso com elementos artísticos, garças e flores do manguezal, que fazem uma homenagem ao ecossistema do entorno da obra. Esses detalhes e o projeto como um todo foram elaborados pela arquiteta Angélica Rocha, uma das maiores arquitetas e urbanistas de Aracaju", destaca o engenheiro.