A Secretaria Municipal de Saúde divulgou nesta quarta-feira, 9, o resultado do Levantamento de Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), o último do ano. Pela avaliação realizada de 24 a 28 de outubro de 2011, o índice de infestação em Aracaju é de 1,5%.
O índice vem caindo ano a ano. Em 2009, o índice foi de 2,4; em 2010, caiu para 2,1 e em 2011, o índice anual caiu ainda mais e baixou para 1,7%. Esse comportamento indica que apesar das condições favoráveis à proliferação do mosquito e as chuvas constantes, o trabalho continuado das equipes da Prefeitura Municipal de Aracaju tem conseguido reduzir a presença dos focos na comunidade.
A coordenadora do Programa Municipal de Controle da Dengue, Taise Cavalcante, alerta para a importância das pessoas continuarem com os cuidados de prevenção à dengue depois da visita do agente. "A secretaria tem intensificado as ações, realizando seis LIRAas por ano, quando o Ministério da Saúde orienta que sejam três. Isso sem falar no trabalho aos sábados, que faz parte da rotina em Aracaju, única capital brasileira a manter esse serviço o ano todo. Diante disso, pedimos à comunidade que faça também a parte dela, seguindo as orientações dos agentes", disse.
Focos
Os depósitos de água continuam sendo os locais com maior frequência de focos. De acordo com o índice, 70,3% das larvas do mosquito da dengue foram encontradas principalmente em lavanderias, utilizadas muitas vezes para acumular água. A secretaria orienta que a comunidade pode continuar acumulando água, mas deve realizar a devida limpeza, lavando a parte interna dos reservatórios pelos menos duas vezes por semana com bucha e sabão, e esfregando principalmente as bordas internas, onde os mosquitos deixam os ovos. Em segundo lugar estão os depósitos domiciliares (vasos e pratos de plantas, ralos, lajes) , onde foram encontrados 25% dos focos.
Bairros
De janeiro a outubro foram realizadas 141 ações de força-tarefa com 840 mil visitas domiciliares. Dos 39 bairros em Aracaju, 16 apresentaram baixo risco, 23 médio risco e nenhum apresentou alto risco. Com os maiores índices estão 18 do Forte e Cidade Nova com 3,3% de infestação e o Santa Maria, com 3,7%, onde em setembro, quando os agentes de endemias intensificaram as ações no local, o índice baixou para 1,3%.
"Mais uma vez convocamos a população para dar as mãos na luta contra o mosquito da dengue. Não adianta o agente fazer o controle, identificar, tratar e eliminar focos durante uma visita se, quando ele vai embora, os moradores não dão continuidade a esse trabalho para evitar novos focos. O comportamento do mosquito tem se mostrado domiciliar, então o cuidado tem que ser dentro de casa", alerta o secretário municipal de Saúde, Silvio Santos.
