Vinte e cinco alunos que estão frequentando o curso de cabeleireiro, realizado pela Prefeitura de Aracaju, através da Fundação Municipal do Trabalho (Fundat), participaram do mutirão da beleza, aplicando as técnicas aprendidas em aulas práticas. Desta vez, o grupo em companhia da equipe da fundação passaram o dia de ontem no Centro de Integração Raio de Sol (Ciras), instituição sem fins lucrativos e que assiste 250 pessoas. Além da execução de corte de cabelo, escovas, maquiagem e penteados, os alunos também se integraram com os assistidos realizando ao final da ação, brincadeiras que contribuíram para elevar a autoestima do público.
O curso de cabeleireiro está acontecendo na Unidade de Qualificação e Produção do Jardim Esperança. O treinamento está sendo ministrado pela instrutora Maria José da Cruz, cabeleireira que conta com mais de 30 anos de experiência. A Fundat desenvolve vários mutirões em entidades diferentes, bem como em comunidades. A proposta é proporcionar aos alunos uma vivências com perfis de pessoas diferentes, considerando que como profissionais terão, da mesma forma, clientes diferentes. Além disso, a ideia também é beneficiar as comunidades.
No mutirão realizado no Ciras, os alunos compareceram às 9h, acompanhados da equipe da Fundat. Foram atendidas cerca de 60 pessoas. O Ciras é uma instituição que atende pessoas com déficit intelecual, autistas, pessoas com deficiências múltiplas e idosos. No local são realizadas oficinas pré-profissionalizantes, atividades de vida diária (terapia) e oficinas pedagógicas.
Segundo a coordenadora pedagógica do Ciras, Edilene Dias da Silva, a ação da Fundat foi importante porque contribuiu para elevar a autoestima dos assistidos pela instituição. "Todos gostaram do dia. Além dos cortes de cabelo e o embelezamento em geral, a turma desenvolveu brincadeiras. Foi bastante animado. Esta parceria foi maravilhosa", declara.
A presidente da Fundat, Telma Rios Pimentel, acompanhou os trabalhos. "Foi um dia gratificante, com o entrosamento da equipe da fundação, alunos do curso e as pessoas assistidas pela instituição. Os alunos são muito animados e demonstraram que estão aptos para o mercado de trabalho", confirma.
Durante a realização do mutirão, instrutora e alunos realizaram a aula da saudade. Ao término dos trabalhos, saíram em meio aos presentes cantando, dançando ao som de pandeiros e tambores, interagindo com todos. "Foi maravilho. Os meus alunos tiveram a oportunidade de conhecer melhor pessoas com deficiência intelectual e aprender a trabalhar com esse público. Foi mais que um simples mutirão, foi uma experiência de vida", alega a instrutora Maria José.
