Na tarde desta segunda-feira, 5, a professora de artes e coordenadora do Projeto Laboratório de Artes (Laborarte), Helenízia Cardoso, participou na Universidade Federal de Sergipe, do ‘1º Encontro de professores de arte de Sergipe'. No evento, que debateu a cultural visual nas escolas e reuniu os interessados pelo ensino da arte, foram relatados os bons resultados obtidos com a implantação do projeto nas unidades de ensino da rede municipal.
Para a coordenadora do projeto, Helenízia Cardoso, é importante que a iniciativa seja conhecida pelo fato de representar a prática de artes em laboratórios criados na rede municipal de ensino. "Com as atividades do projeto, os alunos podem produzir e expor artes através de diferentes linguagens. Sob orientação dos oficineiros que trabalham com diversas possibilidades de ensino, as crianças pensam no fazer artístico e desenvolvem temas para exposição dos resultados em espaços reservados", explicou.
Um dos idealizadores do projeto inicial e professor do Núcleo de Artes e Design da Universidade Federal de Sergipe (UFS), Luiz Fernando Cajueiro, também esteve presente no evento e destacou os benefícios do laboratório de artes. "Pelo fato de abranger diversas linguagens artísticas, o projeto representa uma alternativa inovadora no ensino das artes. Por isso hoje estamos aqui para pensar e analisar a melhor forma de oferecer arte para os alunos, pois conhecimentos aliados às novas técnicas de ensino trazem mais práticas para os alunos", ressaltou Luiz Fernando.
O professor de artes do Colégio de Aplicação, Marcelo Uchôa, comentou sobre as oportunidades que o Laborarte oferece. "Além dos benefícios já conhecidos, vale destacar que o projeto também abre espaço para vagas de estágio fora do convencional, que são as salas de aula. Os estagiários oriundos das universidades não ficam presos às questões didáticas e podem utilizar de espaços novos e adequados, ampliando suas formas de trabalho", contou.
Projeto
Desenvolvido pela Secretaria Municipal de Educação (Semed) desde 2007, o Laborarte surgiu a partir do projeto ‘Escola Parque de Artes, Cultura e Cidadania', realizado pelo Centro de Aperfeiçoamento de Recursos Humanos (Cemarh) no Parque da Sementeira. De segunda a sexta-feira, na sede das Escolas Municipais de Ensino Fundamental (Emefs) Professor José Antônio da Costa Melo e Sabino Ribeiro, no turno oposto ao horário de aulas, os alunos do 6º ao 9º ano participam de oficinas práticas que oferecem atividades como capoeira, modelagem, desenho, pintura, fotografia, teatro e teatro de bonecos. As oficinas ministradas pelo projeto procuram envolver temas que abordem a cidadania e a socialização dos alunos, não deixando, no entanto, de fomentar a preservação cultural e ambiental.
Ampliação
De acordo com a coordenação do projeto, existem planos para que a iniciativa se espalhe e desenvolva projetos de arte em centros que promovam atividades para escolas de outras regiões. "A imensa satisfação com os resultados obtidos aponta a necessidade de abertura de novas turmas para mais unidades de ensino. Este trabalho extracurricular é inovador e faz com que todos os alunos se expressem com liberdade", declarou.
Evento
Promovido pelo Núcleo de Artes e Design da UFS, o evento reuniu professores e interessados pelo ensino de artes para discutir e apresentar diversas metodologias de ensino, bem como, debater a cultura visual nas escolas. Também participaram do evento, profissionais dos núcleos de música e teatro da UFS, professores do departamento de artes visuais da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) e representantes da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).