O Programa de Ações e Metas (PAM) do Programa Municipal de DST, Aids e Hepatites Virais, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS), busca a promoção, prevenção, proteção, tratamento e assistência à população, garantindo preservativos, medicamentos para tratamento de doenças sexualmente transmissíveis e cobertura das ações de prevenção para população vulnerável, como mulheres, profissionais do sexo, travestis e gays.
Nesse ano, além de campanhas de prevenção, foram desenvolvidas oficinas e atividades relacionadas à educação sexual em escolas públicas, como a Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Sérgio Francisco e o Colégio Barão de Mauá, e também em outras unidades de ensino que desenvolvem atividades educativas para os jovens. Além disso, foram feitas algumas ações, como passeata e atividades voltadas para os jovens no Dia Mundial da Luta Contra a Aids, rodas de conversação na Conferência Mundial da Juventude, atividades pontuais de vacinação contra Hepatite B e apoio à parada LGBT.
Segundo o coordenador do programa, Andrey Lemos, o sistema de assistência tem acompanhado aproximadamente 2.400 pessoas, e esse ano houve uma queda de 30% dos casos de Aids na capital, passando de 105 para 72. "A idade de maior incidência da doença é de 20 a 39 anos, por isso nós focamos tanto na juventude", explica ele.
Dados
Até agora, foram realizados mais de 4.000 exames de HIV, sífilis, hepatites B e C, dando oportunidade às pessoas de fazerem o teste e buscar o diagnóstico, e também foram disponibilizadas mais de 1,7 milhão de preservativos. "Apesar desse ano o rendimento do programa ter sido melhor, nós ainda recebemos 263 casos novos, dentre os quais 48 são crianças e 78 mulheres com HIV ou Aids", explica Andrey.
Redução da taxa de incidência de sífilis, do número de crianças infectadas pela AIDS e o aumento do número de detecção de sífilis em gestantes foram algumas das metas alcançadas em 2011. Segundo o coordenador, o nível de informação da população tem crescido bastante e isso também ajudou a reduzir os números.
Recursos
Para desenvolver o PAM, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) recebeu R$ 324 mil do Ministério da Saúde e R$ 80 mil da própria secretaria, recolhendo aproximadamente R$ 506 mil reais que foram empregados nas ações e metas do programa. O recurso próprio da SMS é destinado a medicamentos, preservaticos e educação continuada para trabalhadores do SUS municipal e de Organizações Não Governamentais.
Segundo o coordenador, o balanço favorável obtido esse ano se deve a acumulação de experiências da equipe, permitindo um melhor planejamento das ações e a atenção dada especialmente aos jovens, grupo mais vulnerável a essas doenças. "O compromisso da gestão em compreender a importância desse trabalho facilitou bastante a execução do projeto. Além disso, o apoio da SMS e da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) permitiu desenvolver mais campanhas educativas e aumentou o nível de conhecimento da população", encerra Andrey.
