O secretário municipal de Assistência Social e Cidadania, Bosco Rolemberg, lamenta a morte do ex-governador de Sergipe, Seixas Dória e destaca as qualidades do seu caráter irretocável, sua coragem inabalável e seu amor pelo Brasil. "Seixas Dória foi um grande homem. Todo país tem sempre uma referência de grande homem, de grandes realizações. No Brasil esse homem foi Seixas Dória", disse Bosco Rolemberg, que esteve presente no velório do ex-governador nesta quarta-feira, 1º, no Palácio-Museu Olímpio Campos.
Seixas Dória foi eleito governador de Sergipe em 1962, sendo cassado pela ditadura militar em 1964. Na avaliação de Bosco Rolemberg, a perseguição sofrida durante o regime militar não o intimidou. Ao contrário, fortaleceu a sua determinação e pautou os seus posicionamentos políticos que o caracterizaram como um homem progressista e nacionalista. "Seixas Dória foi um grande defensor da democracia e do projeto nacional de desenvolvimento", lembrou o secretário.
Seixas Dória
Foi eleito deputado estadual em 1950, chegando ao posto de líder da bancada. Em 1954 e 1958 foi eleito deputado federal e integrou-se à Frente Parlamentar Nacionalista. Em 1960 foi entusiasta da candidatura presidencial de Jânio Quadros, servindo-lhe como vice-líder do governo na Câmara dos Deputados. Em 1962 foi eleito governador de Sergipe, cassado dois anos depois, quando foi preso e levado à ilha de Fernando de Noronha, onde ficou por quatro meses. Seixas Dória era membro da Academia Sergipana de Letras e autor dos livros 'Sílvio Romero, jurista e filósofo' e 'Eu, réu sem crime'.