Depois de reunir os enfermeiros e dentistas nesta segunda, dia 31, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) deu continuidade ao ciclo de negociações com os representantes dos servidores do município na manhã desta quarta, dia 1º de fevereiro. No auditório do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, os secretários Bosco Rolemberg (Assistência Social), Lucivanda Rodrigues (Administração) e Fabiana Passos reuniram mais sete categorias de servidores para ouvir as reivindicações e avaliar os pontos de cada uma delas.
Das sete categorias reunidas, seis trabalham na área da saúde: fonoaudiólogos, psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, nutricionistas e farmacêuticos. A sétima categoria ouvida pela mesa de negociação foi a da Guarda Municipal. De acordo com o secretário Bosco Rolemberg, o objetivo principal da mesa de negociação, que ocorre todos os anos, é estudar as reivindicações de cada categoria e tentar enquadrá-las nas condições objetivas que a PMA tem de cumpri-las.
"Uma categoria que entra em greve está nos seus plenos direitos de reivindicação. No entanto, entendemos que esse é um recurso que só deve ser utilizado quando a instituição fecha o ciclo de negociações ou não ouve as reivindicações, o que não é o nosso caso. Durante esse primeiro ciclo, estamos ouvindo as pautas de todas as categorias e já na segunda semana de negociação reuniremos todas elas de novo para apresentar as respostas da Prefeitura", garantiu o secretário de Assistência Social da PMA.
Negociação
Durante a reunião, os representantes de cada categoria - três delas organizadas em sindicatos - apresentaram propostas de reivindicação no tocante a reajustes salariais, questões específicas relacionadas à gratificação e melhoria das condições de trabalho. O presidente do Sindicato dos Psicólogos, Heitor Freitas de Andrade, destacou a importância das negociações para chegar aos objetivos pleiteados por cada categoria.
"Por confiar na atual administração municipal, preferimos nos sentar à mesa de negociação do que adotar atitudes mais fortes, como uma greve, por exemplo. Acreditamos que o bom senso será adotado na hora de rever os erros das administrações municipais anteriores", disse Heitor.
A implementação de medidas que valorizem o modelo de saúde multidisciplinar - com equipes da área médica formadas por profissionais de diversas especializações - é um consenso entre as categorias e a PMA. A partir desse ponto é que serão buscados pontos de convergência entre as reivindicações dos profissionais e as possibilidades reais da gestão municipal, dentro da avaliação dos impactos financeiros.
"As categorias têm toda razão em suas insatisfações, pois lidam com o usuário e precisam mesmo zelar pela saúde da população. Somos sensíveis a todas as pautas, mas no ano passado tivemos muitas dificuldades em atender às reivindicações específicas de cada categoria. Então decidimos priorizar estrategicamente as questões mais urgentes e gerais, para não sermos injustos com os profissionais de determinadas áreas", afirmou a secretária de Administração, Lucivanda Rodrigues, ao enfatizar que este ano todos os pontos de pauta serão levados em consideração pela mesa de negociação.