Indo pela contramão da desaceleração econômica mundial, Aracaju apresentou resultado positivo no número de novos postos de trabalho criados em 2011. A mais jovem capital do Nordeste aparece como uma das 50 cidades brasileiras que mais contrataram no ano passado. Foram 8.600 novas admissões, o que representa 47% do número total de contratações em todo o Estado. As informações são referentes aos dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), divulgados pelo Ministério do Trabalho e Emprego, em dezembro do ano passado.
Desde 2010, Aracaju registra um saldo positivo no índice de empregabilidade, quando surgiram mais de 10.690 empregos. Durante o biênio 2010-2011, o município apresentou a criação de aproximadamente 19 mil novos postos de trabalho. Mesmo com uma leve queda no número de contratações, Aracaju ainda é a cidade sergipana com o maior poder atrativo de investidores, além de exportar mão de obra para outros municípios, como aconteceu com a criação de um recente shopping center no município de Nossa Senhora do Socorro, que obteve uma grande participação de trabalhadores oriundos da capital.
O setor terciário, que envolve serviços, comércio, construção civil e turismo, foi a área com a maior geração de empregos locais. Na avaliação do economista do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Luís Moura, a oferta de postos de trabalho no setor de serviços atrai a atenção dos trabalhadores, que observam uma possibilidade de acesso a empregos e vagas no mercado de trabalho.
“O setor de serviços gerou mais empregos no Estado e em Aracaju. Tanto as empresas privadas quanto as públicas promovem uma atração de mão de obra para esse setor. Inclusive, o da construção civil, que aparece como uma das áreas com maior crescimento de admissões registrado na capital. Obras estruturantes da cidade, como projetos habitacionais populares ou a construção de obras públicas em geral, dão fôlego ao setor da construção, que também vem crescendo pela explosão do setor imobiliário do município", afirma o economista, que também pondera que a qualificação da mão de obra em cursos de especialização, assim como os que são oferecidos, gratuitamente, pela Prefeitura de Aracaju, ajuda a dinamizar o setor de serviços e a estimular a contratação de novos trabalhadores.
Para o secretário municipal de Finanças, Jeferson Passos, o crescimento apontado pelo Caged reflete a organização da cidade e os investimentos em infraestrutura. “Entendemos que esse resultado na geração de emprego é fruto da excelente infraestrutura que foi criada na cidade, das condições favoráveis às pessoas para residir e dos investimentos feitos na organização da infraestrutura turística, o que propiciam o crescimento econômico e a chegada de novas empresas para Aracaju. A capital sergipana se tornou uma área de referência regional, cuja área de abrangência vai além dos estados Bahia e Alagoas”, disse.
Em reforço à declaração do secretário de Finanças, o economista Luís Moura ressalta os benefícios do compromisso da administração pública com o progresso da cidade. “As administrações públicas conseguiram organizar o município e permitiu a atração de empresas para a cidade. Tanto a atual administração quanto as passadas deram continuidade a esse processo de crescimento. Aracaju está entre as 50 cidades que geraram emprego, mesmo não sendo considerada uma das 50 cidades mais populosas. Se uma cidade está organizada administrativamente, é mais do que evidente que elas atraiam investidores. Primeiro os investimentos são para resolver os problemas imediatos da população, mas acabam atraindo outros investimentos”, explicou.
