Na noite de terça-feira, dia 13, a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) e a Fundação Municipal de Cultura e Turismo (Funcaju), por meio do Núcleo de Produção Digital Orlando Vieira (NPD) fizeram mais uma homenagem a arte sergipana. O documentário ‘Rezou à Família e foi ao Cinema’, que retrata a história de vida de um dos mais renomados atores sergipanos, Orlando Vieira, foi lançado em cerimônia no Museu da Gente Sergipana, que contou com a presença do homenageado, autoridades, estudantes, classe artística e imprensa.
"Nós, da direção da Funcaju junto à direção do Núcleo de Produção Digital, tivemos a ideia de homenagear o grande ator Orlando Vieira, no ano em que o Núcleo, que leva o seu nome, completa seis anos. Orlando tem um belíssimo histórico no teatro e no cinema sergipano e brasileiro, participou de vários filmes, ganhou diversos prêmios e é reconhecido nacionalmente. Então, essa homenagem, dentro da comemoração do Aniversário da Cidade, é mais do que justa a um artista que nos honra e empresta seu nome ao NPD, que hoje é referência em todo o país", comenta o presidente da Funcaju, Waldoilson Leite.
Para a diretora do NPD, Graziela Ferreira, o documentário é mais um fruto do trabalho de fomentação do audiovisual sergipano. "No ano passado, a Secretária do Estado da Cultura (Secult) realizou um projeto chamado ‘Projeto Orlando Vieira' e o NPD ofereceu como proposta de integração, um curso de ‘Realização em Audiovisual', ou seja, um curso que gera um produto audiovisual e o tema não podia ser outro que não fosse Orlando Vieira. A boa repercussão já foi sim prevista, primeiro porque a história de Orlando Vieira é mais do que digna de ser contada e segundo porque graças ao apoio da Prefeitura e o empenho dos alunos, a qualidade do audiovisual sergipano vem crescendo cada vez mais", diz.
O documentário
Desenvolvido por cerca de 25 pessoas, entre monitores e alunos da oficina de ‘Realização em Audiovisual 2011', ministrada pelo especialista em Comunicação Visual, Anderson Craveiro, e promovida pelo NPD, o documentário de 17 minutos, "Rezou à Familia e foi ao Cinema", conta com depoimentos do próprio Orlando Vieira, imagens delicadas, locações encantadoras da capital e de cidades do interior e uma trilha sonora essencialmente sergipana, assinada pelo maestro Carlos Mendonça (Muskito) e executada pelo Quarteto de Cordas da Orquestra Sinfônica de Sergipe.
"Eu sou de Londrina, no Paraná, e costumo viajar bastante pelo país ministrando oficinas e promovendo cursos, mas a experiência aqui em Sergipe foi um enorme prazer. Aqui pude conhecer jovens bastante focados no que querem, cidades muito bonitas do interior do Estado, além de estar envolvido em todo o trabalho coletivo, que o audiovisual proporciona. Por outro lado, esse também foi um enorme desafio já que tivemos que roteirizar e gravar todas as cenas do documentário em menos de 10 dias", revela o ministrante Anderson Craveiro, que também participou da produção do premiado curta ‘Do Outro Lado do Rio’.
Orlando Vieira
"O meu sentimento é de que esse documentário é um prêmio daquilo que conseguimos fazer com seriedade e amor a arte". Essas são as palavras do ator capelense Orlando Vieira, que poderia ter sido padre, mas que optou pela vida de artista. Ingressou primeiramente no mundo do teatro e só depois dos 53 anos de idade se deixou levar pelo encanto do universo cinemtográfico, ganhando em 1983, o prêmio Kikito de melhor Ator Coadjuvante no Festival de Gramado/RS pela participação no longa-metragem de Hermano Penna realizado em Sergipe, ‘Sargento Getúlio’.
Além disso, Orlando Vieira também participou de importantes produções da Rede Globo, como ‘Tereza Batista’ e ‘Irmãos Coragem’. Atualmente, prestes a completar 81 anos, o ator traz em seu currículo diversas peças de teatro e cerca de 14 filmes. Seu último trabalho aconteceu recentemente, no longa "A pelada", gravado no Estado e que deverá ser lançado ainda este ano.
Presenças
Marcaram presença durante a cerimônia de lançamento do documentário "Rezou à Familia e foi ao Cinema", a secretária de Estado de Cultura, Eloísa Galdino, a secretária municipal de Governo, Tânia Soares, que representou o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira; o presidente da Funcaju, Waldoilson Leite, os vereadores Ivaldo José e Karla Trindade, o superintendente da Polícia Militar em Sergipe, Antônio Passos, o diretor de Programas e Projetos do Banese, Ézio Déda, o presidente da ABD/SE, Thiago Hora, o diretor de Televisão da Fundação Aperipê, Adolfo Sá, o artista plástico Fábio Sampaio entre outros.