Entre as mulheres que estão buscando a qualificação profissional na unidade/escola da Fundat, localizada no bairro Porto D'anta, há diversos exemplos de força de vontade. A maioria enfrenta problemas adversos, mas estão superando graças à nova esperança de um futuro melhor adquirida com a profissionalização.
São 25 mulheres que estão frequentando o curso de confeiteiro bolos e tortas. A princípio, aqueles que se profissionalizam nessa área têm à sua frente um mercado de trabalho amplo, podendo desempenhar a função em padarias, confeitarias, delicatesses e outros estabelecimentos. A Prefeitura de Aracaju, por meio da Fundação Municipal do Trabalho (Fundat), busca atender as principais necessidades do mercado, visualizando como base a demanda das solicitações das comunidades.
Oportunidade
Anailde Alves de Oliveira, 39 anos, é uma das alunas do curso de confeiteiro bolos e tortas. Ela conta que voltou a estudar, trabalha como vendedora ambulante pela manhã no Centro de Aracaju e ainda frequenta o curso à tarde. "É o meu primeiro curso e não pretendo parar, estou pensando até em fazer uma graduação em gastronomia futuramente!", esclarece rindo.
Anailde de Oliveira levanta-se ainda na madrugada para cuidar dos afazeres domésticos e partir para mais um dia de trabalho desgastante, apostando que terá boas vendas. "Eu vendo miudezas, mas elas têm épocas. Um dia vendo bem, outros não. Quero vender algo que dure o ano todo, sem tempo ruim", esclarece, lembrando que se interessou em fazer o curso porque quer investir na mudança do objeto de suas vendas.
Sueli Santos Andrade, 19, se inscreveu no curso com o intuito de se qualificar para ajudar a mãe, que trabalha com encomendas de salgados e doces. "Vi a oportunidade de melhorar o negócio de minha mãe, agora ficará completo com doces, salgados, bolos e tortas", afirma.
A estudante Gicleide Batista Santana, 33, já trabalha com encomendas de doces e salgados. "O curso veio para ajudar a aprimorar o que já faço. Quero abrir o meu negócio, me tornar uma microempresária. O curso está me ajudando a aumentar o meu conhecimento e, com certeza, terei uma renda extra", assegura.
Superação
Para a aluna Rosana Ribeiro dos Santos, 23 anos, vendedora de confecções no mercado Albano Franco, o curso tem servido como uma terapia. "Há um mês eu perdi meu filho de um ano. Todas as tardes venho para o curso e está me ajudado a superar um pouco a dor", desabafa. Rosana vê no curso a oportunidade de ter uma renda extra e recebe o apoio da instrutora e das colegas, que têm a ajudado a superar o momento difícil.
"Estou aqui para compartilhar o meu conhecimento e todas têm se esforçado muito", garante a instrutora da Fundat, Vânia Lima Mendonça, que é gratificante estar dando uma parcela de contribuição para o crescimento profissional das alunas e, conseqüentemente, obter melhores condições de vida.
A turma é composta por 25 mulheres, que diariamente têm buscado o conhecimento e, assim, a capacitação. O curso iniciou com aulas de relações humanas e agora, segue com as aulas práticas, de segunda a sexta-feira, das 14h às 17h. A previsão para o término é 11 de abril.