Alunos do 9º ano da Escola Municipal de Ensino Fundamental (Emef) Carvalho Neto, localizada no bairro Novo Paraíso, compareceram ao Teatro Atheneu para prestigiar a apresentação do espetáculo ‘Mala sem Alma'. A peça que faz parte do ‘II Festival Sergipano de Teatro' tem sido referência para as ações de defesa dos direitos de crianças e adolescentes no Estado.
A coordenadora de projetos da Secretaria Municipal de Educação (Semed), Valdinete Paes, ressaltou que a participação dos alunos em atividades de teatro faz parte do projeto ‘Arte e Educação' desenvolvido pela Rede Municipal de Ensino. "O foco do projeto é educar os alunos por meio das artes. A peça é fundamental neste processo, pois trouxe abordagens sobre temas do Estatuto de Criança e do Adolescente (ECA), como situações de violência sofridas por jovens e orientações de como agir neste tipo de situação. A ideia é cumprir o Art. 75 do ECA que determina que toda criança ou adolescente tenha acesso às diversões e espetáculos públicos classificados como adequados à sua faixa etária", afirmou.
A estudante da Emef Carvalho Neto, Cláudia Santos, comentou acerca dos ensinamentos trazidos pelo espetáculo. "Podemos conhecer melhor nossos direitos e entender em qual momento devemos exercê-los. A violência contra as crianças e adolescente é algo prejudicial que deve ser combatido por todos", contou.
Festival
O II Festival Sergipano de Teatro é uma realização do Governo de Sergipe, por meio da Secretaria de Estado da Cultura, e Instituto de Artes Cênicas de Aracaju (Iacema). Tem patrocínio do Ministério da Cultura, via Lei Rouanet, e co-patrocínio do Banco do Estado de Sergipe (Banese). O evento conta também com o apoio cultural da Prefeitura de Aracaju, Fundação Aperipê, Hotel Del Canto, Banco do Nordeste, Sesc, Sated/SE e Fórum Unificado de Circo, Dança e Teatro.
Espetáculo
A peça aborda temas que tratam da violação dos direitos das crianças e adolescentes. Os três contos do autor e diretor da peça, Ewertton Nunes, intitulados "A mulher à frente da carroça", "Serenata", e "Os ciganos" tratam respectivamente do trabalho infantil, da violência sexual contra crianças e adolescentes, muitas vezes praticada por pessoas próximas da família, e também da violência doméstica, da qual muitas crianças são vítimas.
O espetáculo também atua na ampliação das discussões e estratégias de enfrentamento às violações dos direitos humanos de crianças e adolescentes. Desde a sua estreia tem realizado apresentações para gestores escolares e toda a rede de profissionais que compõem a rede de proteção de crianças e adolescentes, na capital e no interior.
