A Coordenadoria Municipal de Igualdade Racial (Copir), criada em 2011, tem como principal objetivo trabalhar para acolher os grupos de movimentos sociais e também aqueles que sofrem preconceitos pela sociedade. Entre as suas funções, há aquela de orientar e auxiliar pessoas que são vítimas de racismo.
Na última segunda-feira, a mãe de uma estudante da rede particular de ensino procurou a Coordenadoria para pedir auxílio a respeito de possíveis racismos que a jovem estaria sofrendo na escola. Segundo o coordenador, Florival José de Souza, qualquer pessoa física ou instituição pode procurar a Coordenadoria para pedir auxílio. "Atendemos muitas pessoas e orientamos como elas devem proceder em caso de racismo", explica ele. A busca de apoio moral é um dos principais objetivos das vítimas, além de ser um local em que elas podem encontrar informações de como lidar com o caso.
A Coordenadoria também oferece palestras, abrindo espaço para debates de temas presentes na sociedade, como intolerância religiosa e o racismo. "Buscamos trazer para a sociedade aqueles grupos que se sentem à parte dela e, para isso, achamos importante criar um espaço de discussão", comentou o coordenador.
Desde a criação da Coordenadoria, Florival diz ter alcançado muitos objetivos, desde a valorização da cultura afro-brasileira, com a Semana da Capoeira e construção de um capoeiródromo, além da legalização jurídica dos terreiros e a busca da erradicação da intolerância religiosa. "A criação dessa Coordenadoria trouxe muitas coisas boas para a sociedade e nós estamos trabalhando para que isso seja progressivo", diz Florival.