Professores do projeto Brasil Alfabetizado participam de capacitação

Educação
13/04/2012 12h04
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Trocar experiências, criar novas estratégias pedagógicas e socializar os saberes são alguns dos objetivos das oficinas de qualificação destinadas a  docentes que participam  do projeto Brasil Alfabetizado da Secretaria Municipal de Educação (Semed), em parceria com  o governo Federal.

Os encontros acontecem quinzenalmente, às sextas-feiras, no Centro de Aperfeiçoamento de Recursos Humanos (Cemarh), localizado no bairro Siqueira Campos e contam com a participação de mais de cinquenta alfabetizadores e de coordenadores do projeto.

As oficinas têm como objetivo qualificar os professores, orientando os docentes quanto à utilização de metodologias que facilitem o processo de aquisição da leitura e escrita, como também o uso da matemática no cotidiano dos estudantes.

A cada encontro é discutido uma temática diferente. Na reunião desta sexta- feira, 13, foram trabalhados assuntos referentes ao ensino da matemática. Como tornar essa disciplina, que é temida por grande parte dos alunos, em uma realidade mais fácil, útil no dia-a-dia dos estudantes.

De acordo com Izabel Cristina Santos, coordenadora do projeto Brasil alfabetizado, as oficinas são de extrema importância, pois é o momento da troca de informações, da discussão das metodologias adotadas para as pessoas em processo de alfabetização “É a hora de instrumentalizar o fazer pedagógico”, de compartilhar o saber. “Nosso objetivo é desenvolver mecanismos que tornem o processo de ensino e aprendizagem mais simplificado, aproximando os temas educacionais a comunidade”, disse.

Satisfação

Para a alfabetizadora Rosineire Mendonça, que participa do projeto desde 2004, contribuir com a transformação da realidade de centenas de pessoas, é uma realização pessoal. “Estou há mais de 8 anos destinando horas do meu dia a pessoas que querem aprender. Que tem desejo de estudar, de ler ,escrever, enfim de crescer. Isso não tem preço”, destaca.

Programa

O Brasil Alfabetizado é desenvolvido em todo o território nacional, com o atendimento prioritário a 1.928 municípios que apresentam taxa de analfabetismo igual ou superior a 25%. Desse total, 90% localizam-se na região Nordeste. Esses municípios recebem apoio técnico na implementação das ações do programa, visando garantir a continuidade dos estudos às pessoas em processo de alfabetização.

Em Aracaju, a iniciativa existe desde 2003 e já alfabetizou cerca de cinco mil pessoas que não tiveram a oportunidade de ingressar no sistema educacional dentro do período ideal. A proposta metodológica do programa segue a linha introduzida pelo pedagogo, Paulo Freire, que tem como objetivo principal desenvolver nos alfabetizandos uma forma cada vez mais crítica de pensar, utilizando a sua história de vida.