No início da tarde desta sexta-feira, 20, o prefeito Edvaldo Nogueira recebeu, em seu gabinete, a visita da ministra-chefe da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, Luiza Helena de Bairros. Ela veio a Sergipe para participar do lançamento do catálogo ‘Religiões de Matriz Africana em Sergipe' e a cartilha ‘As religiosidades de Matriz Africana e a promoção da Igualdade Racial', produzidas pela Secretaria de Inclusão Assistência e Desenvolvimento Social, por meio do projeto Ododuwá, do Fórum Sergipano das Religiões de Matriz Africana.
Em sua segunda visita à capital sergipana, a ministra se disse impressionada com as mudanças que foram implementadas na cidade. "Conheci Aracaju no início dos anos 90 e hoje ela está completamente mudada. Sinto-me como se estivesse aqui pela primeira vez", destaca.
Durante o encontro, Luiza enfatizou que uma das principais tarefas de sua gestão é a implementação do Sistema Nacional de Promoção da Igualdade Racial. "É um esforço no sentido de tratar a política de igualdade racial de modo sistêmico, assim como se faz em outras áreas como saúde, assistência social, entre outras. Desse modo, a gente criaria uma nitidez maior do que é a política de promoção da igualdade racial e o que ela deve contemplar", pontua a ministra.
Frisando que o Brasil, especialmente a região Nordeste, está vivendo um momento especial em termos de desenvolvimento, Luiza Bairros enfatizou ser esse o momento favorável para a inclusão dos negros. "Sergipe é um dos Estados com maioria de população negra e a gente precisa exercitar nossa criatividade no sentido de pensar que as políticas que estão sendo implementadas no Estado e nos municípios têm que ter o olhar voltado para a possibilidade de inclusão da pessoa negra".
Em se tratando de inclusão, Edvaldo Nogueira disse à ministra que uma das suas grandes preocupações está no fato de que o país se desenvolveu muito nos últimos anos mas, em alguns setores da economia, ainda acontece a importação de mão de obra. "Com a descoberta do pré-sal, por exemplo, estamos buscando mão de obra estrangeira e o que resta para os brasileiros são os empregos secundários, isso, quando sobra algum", pontua Edvaldo, destacando que as políticas de inclusão precisam ser intersetoriais.
Copir
A Prefeitura de Aracaju criou a Coordenadoria Municipal de Igualdade Racial (Copir) que, instituída oficialmente em 2011, tem atuado no sentido de combater a intolerância e valorizar a cultura afro-brasileira. Além disso, já realizou este ano, por meio da Secretaria Municipal de Educação, o ‘I Seminário de Promoção da Igualdade Racial na Educação Básica de Aracaju'. O objetivo foi contribuir para a reflexão das ações e propostas que promovam as relações etnicorraciais na educação brasileira, e de contribuir na implementação da lei 10.369/03, que torna obrigatório o ensino de história e cultura Afro-Brasileira nos estabelecimentos de ensino de Educação Básica.
