Edvaldo comemora a concretização do Projeto Carnalita

Agência Aracaju de Notícias
23/04/2012 18h05
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Com a presença da presidenta Dilma Rousseff e do governador de Sergipe, Marcelo Déda, os presidentes da Vale, Murilo Ferreira, e da Petrobras, Maria das Graças Silva Foster, assinaram na manhã desta segunda-feira, 23, na mina Taquari-Vassouras, em Rosário do Catete, a renovação do contrato de arrendamento de ativos e direitos minerários de potássio, no Estado de Sergipe.

O acerto entre as empresas permite o arrendamento, por mais 30 anos, para exploração das reservas de carnalita, minério do qual se extrai o cloreto de potássio, cuja concessão é propriedade da Petrobras. Com isso, a Vale poderá dar continuidade à sua operação atual, na mina, e prosseguir com o desenvolvimento do Projeto Carnalita.

Presente à solenidade de assinatura, o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, disse que o dia 23 de abril de 2012 marca um momento histórico para toda a sociedade brasileira. “Além da geração de milhares de empregos e dos investimentos de aproximadamente U$ 4 bilhões, o Projeto Carnalita irá reduzir a dependência da importação de fertilizantes”. Atualmente, o país importa 70% dos fertilizantes que utiliza e atinge 90% na importação de potássio.

Para o chefe do executivo municipal, o ato vai viabilizar economicamente o Estado de Sergipe por mais trinta anos e o aumento da produção vai ser muito importante, não só para Sergipe, como para o Brasil. “É, sem dúvidas, que a capital do Estado receberá os reflexos de todos esses investimentos”, frisou o prefeito.

Edvaldo Nogueira lembrou que na década de 50, a economia de Sergipe começa a crescer graças à produção dos minerais não metálicos, como o petróleo, os nitrogenados, os sais minerais e a produção de cimento. “Hoje, os fertilizantes são fundamentais para o desenvolvimento do nosso país e Sergipe tem uma das maiores minas de potássio do hemisfério sul, gerando renda, emprego, riqueza e possibilitando que o nosso Estado continue com padrões elevados de desenvolvimento”, disse.

Economia

Estima-se que o Projeto Carnalita poderá adicionar um volume de 1,2 milhão de toneladas à produção de potássio em Sergipe. Essa oferta permitirá ao Brasil economizar cerca de US$ 17 bilhões em divisas ao longo de 29 anos. O Projeto prevê ainda a geração de aproximadamente quatro mil empregos na fase de construção, bem como de 700 empregos na fase de operação.

Durante o seu discurso, o governador Marcelo Déda lembrou aos presentes que desde o ano de 2008 vinha lutando pela concretização do Projeto Carnalita. “Quero agradecer ao ex-presidente Lula, com quem iniciei as tratativas em 2008. De lá para cá, já se passaram dois presidentes da Petrobras, dois da Vale e dois presidentes da República. Cheguei a perder a esperança, mas continuei batendo de porta em porta para viabilizar esse ato”, declarou o governador.

Momento estratégico

A presidenta da República, Dilma Rousseff, disse que a assinatura da renovação do contrato era importante para Sergipe, “mas é, sobretudo, um momento estratégico para o país, já que o fertilizante é crucial para produção alimentar e o Projeto irá assegurar que a agricultura brasileira continue competitiva, barateando o custo da produção, já que o Brasil deixa de depender do mercado internacional”, comemorou Dilma.

Ela destacou ainda a importância do governador Marcelo Déda para a realização do ato de hoje. “As coisas para acontecer dependem da garra, da determinação e do sonho das pessoas, e esse momento está se realizando graças à determinação do Déda, que tinha uma verdadeira fúria por resolver este problema, mas não era uma ‘furia’ no sentido da raiva, mas da certeza que o Projeto Carnalita era fundamental para Sergipe e para o Brasil”, enfatizou Dilma, dizendo ainda que “a fúria do Déda é a criadora de oportunidades para o Brasil, para Sergipe e para essa região”.

Futuro do país

Ainda de acordo com a presidenta Dilma, o contrato assinado entre Vale e Petrobras permitirá que, no futuro, o Brasil não venha a sofrer com problemas como a falta de fertilizantes, o que acarretaria na subida de preços dos produtos agrícolas. “O ato de hoje implica em visão de futuro. Estamos antecipando a necessidade do país em ter sua própria fonte de fornecimento, dando um importante passo aqui e agora para essa autonomia dos fertilizantes”, observou.