Na tarde desta terça-feira, 8, a Praça da Juventude, no Augusto Franco, foi o centro das atividades para alunos do Projovem, além de um local de aprendizado e diversão para dezenas de jovens da comunidade. Oficinas de grafite, breakdance, DJ e rima, marcaram o segundo dia da Semana Municipal do Hip Hop, que segue com uma extensa programação até o próximo sábado, 12.
Organizada pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por meio da Coordenadoria Municipal da Juventude, em parceria com a Nação Hip Hop Brasil, a primeira Semana do Hip Hop é promovida como um instrumento de inclusão social e valorização da cultura jovem e das formas de expressão do cotidiano da periferia. Profissionais da área conduzirão até o fim da semana uma série de momentos de discussão e de compartilhamento de conhecimentos voltados para as crianças e adolescentes.
Toda a programação é aberta e também vai incluir cerca de 400 participantes do Projovem, além de alunos de escolas municipais. Nesta terça, além de dezenas de jovens de diversas localidades, cerca de 30 estudantes trocaram as instalações do Centro de Referência de Assistência Social (Cras) do Santa Maria pela praça da juventude. Segundo a assistente social Aline Rocha a mudança de ares foi muito bem vinda.
“Estudantes entre 15 e 17 anos estão aqui hoje participando dessas atividades. Eles são adolescentes em situação de vulnerabilidade, e por isso todas as ações que os façam se sentirem incluídos e lhes possibilitem inclusive a descoberta de novas potencialidades são muito válida”, observa a assistente social do Cras Santa Maria. “Espaços de integração e iniciativas de resgate, como esta, são fundamentais para que esses adolescentes mantenham-se afastados dos caminhos que os levariam à violência”, ressalta Aline Rocha.
Para a estudante Anicléia Pereira, participar da Semana do Hip Hop foi uma oportunidade de conhecer mais a fundo áreas que já despertavam seu interesse. “Eu gostei muito de participar das oficinas, especialmente da de DJ, porque os instrutores mostraram como são feitas as coisas que a gente só vê quando estão prontas”, conta. Marcela Santos, também moradora do Santa Maria resume uma opinião semelhante. “Eu achei bem legal a oficina de grafite. O que eu gostei é nenhuma delas foi chata e que a gente está aprendendo sobre coisas que gostamos de forma divertida”, revela a adolescente.
Segundo Hot Black, presidente estadual da Nação Hip hop Brasil, através da Semana do Hip Hop, as manifestações artístico-culturais produzidas pela juventude da periferia estão sendo valorizadas pelo poder público, algo pouco comum em outros locais. “A nossa intenção é fazer desses jovens agentes multiplicadores da sua própria cultura. É estimular o senso de identidade própria ao mesmo tempo em que se criam novos mecanismos de disputa com as intensas possibilidades da periferia como o crime, as drogas e a prostituição”, ressalta
A programação completa inclui:
9 de maio (Quarta)
13h - Hip Hop na praça
Local: Ponte da Barra dos Coqueiros
10 de maio (Quinta)
13h - Hip Hop na praça
Local: Centro de Criatividade
11 de maio (Sexta)
8h - Encontro de Grafite - Local: Murro do Aeroporto/Augusto Franco.
14h - Batalha de B. Boys - Local: Centro de Criatividades
19h - Mesa redonda: Hip hop em debate e Pockt Show com Gog
Local: Centro de Criatividade - Palestrante: Dexter e Convidados
12 de maio (Sábado)
19h - Grande show de encerramento com Dexter e convidados
Local: Centro de Criatividade.
