A VI Semana da Luta Antimanicomial realizada pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Aracaju promoveu diversas ações para desmistificar a loucura enquanto fator incapacitante para uma vida plena de liberdade e de realizações. Durante toda a semana, atividades como cortejos, oficinas de artesanato, reciclagem, exercícios físicos e apresentações artísticas marcaram o evento. No encerramento da sexta edição do encontro, na manhã do dia 18, a SMS promoveu o Seminário Saúde Mental e Arte na Rede de Atenção Psicossocial. No auditório do Centro de Criatividades, o seminário reuniu gestores, profissionais da saúde, universitários, professores, usuários dos serviços e familiares.
“Temos muito que comemorar. A nossa Rede de Atenção Psicossocial mesmo com todos os desafios enfrentados é um modelo de referência nacional. Sabemos que para continuar avançando temos muito trabalho pela frente, mas o nosso compromisso continua sendo buscar uma melhor assistência em saúde e tratar os usuários com amor, dignidade e carinho para reinserção social”, enalteceu a secretária municipal de Saúde, Stella Maris Moreira.
Na mesa de abertura do seminário também estavam presentes a representante da Secretaria Estadual da Saúde, Suely Matos, a coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial, Karina Cunha, a professora da Universidade Federal de Sergipe e referência do Programa de Educação para Trabalho (PET) em Saúde Mental, Lauzimeire Araújo e a usuária do Caps Liberdade Luzinete Francisca de Oliveira.
Desde a Lei Paulo Delgado (Lei 10.216/2001) que concretizou a reforma psiquiátrica, modificando o modelo assistencial em saúde mental, Aracaju têm registrado avanços na assistência aos usuários que sofrem de transtornos mentais e também usuários de álcool e outras drogas. Hoje, a cidade conta com seis Centros de Atenção Psicossocial, uma Urgência Mental no Hospital São José, seis Unidades de Saúde da Família referência em saúde mental, quatro residências terapêuticas mantidas pela Prefeitura Municipal de Aracaju por meio da SMS, além do Programa de Redução de Danos.
Arte e Debates
O debate sobre arte como dispositivo terapêutico foi guiado pelo o psicólogo do Caps Arthur Bispo, Marcelo Elias, a oficineira do Caps Liberdade Keith Tanielly e o coordenador de música da Secretaria do Estado da Cultura, Edézio Aragão. O momento permitiu uma importante troca de conhecimentos e foi encerrado com a intervenção da banda Elvis Boamorte e Os Boavidas's que emocionou a todos os presentes. Em seguida, estudantes universitários e pesquisadores apresentaram trabalhos científicos sobre saúde mental.
A coordenadora da Rede de Atenção Psicossocial, Karina Cunha, destacou que a arte já é um dispositivo terapêutico amplamente utilizado em todas as unidades de Saúde Mental da capital. “Teatro, Pintura, escultura, dança, coral de canto, já fazem parte das rotinas de atividades da rede. Elevar a autoestima, melhorar a capacidade de expressão, desenvolver habilidades motoras e mais concentração são alguns dos benefícios da arte no contexto terapêutico”, destacou a coordenadora.
Programação aberta ao público
A partir das 14 horas a VI Semana da Luta Antimanicomial foi encerrada com apresentações artísticas abertas ao público. Na ocasião se apresentam no Centro de Criatividades os grupos ‘Melhor Idade’, ‘Vida’ do Caps Liberdade, ‘Grupo Superação do Caps Arthur Bispo.
.jpg&w=1024 "clique para ampliar")
