A Secretaria Municipal de Assistência Social e Cidadania (Semasc) participou na tarde desta quarta-feira, 23, do ato de sensibilização e conscientização contra o trabalho infantil na feira do conjunto Augusto Franco, juntamente com a Caravana do Nordeste contra o Trabalho Infantil, que permanece no Estado de Sergipe até esta sexta-feira, 25.
A Caravana, idealizada pelo Fórum Nacional de Combate ao Trabalho Infantil em parceria com a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência, Ministério do Desenvolvimento Social, Organização Internacional do Trabalho (OIT), Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e a Fundação Telefônica, quer com este ato sensibilizar e conscientizar a população sobre a exploração de crianças e adolescentes no trabalho.
Joelma Andrade, 29, assistente social da Coordenadoria de Proteção Social Especial da Semasc e membro da equipe da Proteção e Atendimento Especializado a Famílias e Indivíduos (Paefi), diz que é necessária cada vez mais a sensibilização da comunidade em relação ao trabalho infantil, porque muitas vezes os próprios pais estimulam seus filhos desde criança a trabalhar.
"Estamos fazendo uma abordagem de conscientização, porque o trabalho infantil muitas vezes já faz parte da cultura da família. Pais começam a trabalhar cedo, logo seus filhos seguem o mesmo caminho e para que isso se torne cada vez menos frequente é necessário que a informação chegue até essas famílias e demais pessoas da comunidade", explicou a assistente social.
Danival Lima Falcão, presidente do Conselho Estadual dos Direitos da Criança e do Adolescente diz que o objetivo principal dessa ação é a conscientização e sensibilização da população e que a escola pode exercer um trabalho de estímulo para as crianças direcionando-as para um caminho melhor. "Toda forma de trabalho a menores de 14 anos é ilegal e para isso precisamos conscientizar a população. Acredito que a escola tem um grande valor dentro dessa causa, pois através dela as crianças se desviam e se conscientizam que a exploração do trabalho infantil é ilegal", disse.