Teve início na manhã desta quarta-feira, 24, as aulas do curso de sistema de escrita e leitura Braille da primeira turma de 2012. O curso é destinado a professores da rede municipal de ensino e é aberto também a comunidade, e visa contribuir para a difusão, valorização e universalização do sistema Braile como ferramenta de acessibilidade, comunicação e informação, bem como a inclusão educacional e social dos cegos e pessoas com baixa visão.
As aulas acontecem no Centro Municipal de Aperfeiçoamento de Recursos Humanos (Cemarh) e contam com a participação de cerca de 40 pessoas, entre professores, coordenadores e mães de alunos com deficiência visual. Com uma carga horária de 20h, os encontros são divididos por etapas e têm a previsão de conclusão no dia 15 de junho deste ano.
De acordo com a coordenadora do Centro de apoio pedagógico para atendimento a pessoas com deficiência visual, Joana Darc, o objetivo do curso é capacitar os docentes a essa realidade de ensino, de forma a atender melhor o alunado. “Os professores estão sendo capacitados para promover acessibilidade aos alunos. Focamos na importância dos docentes conhecerem as reais necessidades dos alunos com deficiência, melhorando a comunicação com pessoas de baixa visão”, disse.
Ainda segundo a coordenadora do Cap, a participação da comunidade é de fundamental importância. “Aliar o trabalho dos professores as mães, aos parentes desses alunos com deficiência é de grande valia. É uma forma de qualificar outras pessoas para se juntarem aos docentes nesse desafio, integrando a família ao ambiente educacional, já que este é uma extensão do seio familiar”, conclui.
Sistema
O Sistema Braille é um código universal de leitura tátil e de escrita, usado por pessoas cegas, inventado na França por Louis Braille, um jovem cego. Reconhece-se o ano de 1825 como o marco dessa importante conquista para a educação e a integração dos deficientes visuais na sociedade.
O Sistema consta do arranjo de seis pontos em relevo, dispostos em duas colunas de três pontos, configurando um retângulo de seis milímetros de altura por aproximadamente três milímetros de largura. Os seis pontos formam o que se convencionou chamar "cela Braille".
Cap
Localizado no bairro São José e mantido pela Secretaria Municipal da Educação (Semed), o Cap é um espaço que garante a inserção social por meio da educação. Atualmente são atendidas pessoas com deficiência visual, incluindo cegueira total e baixa visão. No local são ministradas aulas de braile, sorobã (técnica do uso da matemática), orientação e mobilidade (uso da bengala), educação física, música e estimulação precoce.