Nos 14 dias do Forró Caju, os turistas e forrozeiros contaram com a presença diária de 12 profissionais da da Coordenação da Vigilância Sanitária Municipal (Covisa). Ao todo, os fiscais e gerentes realizaram 2.171 inspeções em barracas e vistoriaram 1.251 isopores do comércio ambulante. Antes da mega festa, a Vigilância Sanitária fez a tradicional reunião com os comerciantes cadastrados para orientá-los sobre as necessidades higiênico-sanitárias.
Nesta edição os fiscais da Vigilância Sanitária da Prefeitura Municipal não encontraram bisnagas com catchup, maionese e ou mostarda nos bares e entre os ambulantes cadastrados no Forró Caju 2012. O fato é considerado inédito vez na história das grandes festas populares de Aracaju.
O feito foi saudado pela secretária Municipal de Saúde, Stella Maris Moreira. "A presença da Vigilância Sanitária da Prefeitura de Aracaju no Forró Caju 2012 reafirma a importância da Saúde pública municipal para além da assistência saúde-doença. No Forró Caju ficou visível a consolidação da intersetorialidade dos órgãos da administração municipal. E de forma específica, no Forró-Caju a SMS vem contribuindo para garantir maior segurança alimentar para os turistas e forrozeiros dentro do espaço dessa grande festa", afirma.
A secretária também destacou a participação do Programa Municipal de DST, Aids e Hepatites Virais. "Outra ação de promoção à saúde consolidada no Forró Caju foi o Ponto de Prevenção, que este ano distribuiu mais de 100 mil preservativos", diz Stella Maris que visitou os dois espaços durante o Forró- Caju.
Apreensões
A gerente de Ações Estratégicas da Covisa, Jacklene Andrade informa que além das bisnagas, os fiscais têm observado na festa a redução significativa de canudos sem as embalagens individuais e ainda a diminuição de gelos e isopores impróprios para uso.
A gerente conta que durante as inspeções no Forró Caju foram aprendidos um pacote com aproximadamente 300 canudos sem embalagem individual, duas caixas e 21 envelopes de medicamentos, comercializados de forma irregular em bares dentro do evento.
"Em 2011, a Covisa já percebia redução das inadequações, em especial relativa à utilização de bisnagas. Naquele ano, foram apreendidas apenas quatro bisnagas. Já no Pré-caju de 2012, a grande apreensão foi de gelo e carnes. Um total de 500 quilos de gelo e de aproximadamente 40 quilos de carne de procedência duvidosa. Já quanto aos canudos, a apreensão foi de apenas um pacote de 300 unidades sem embalagem individual e cinco isopores inadequados ao transporte e armazenamento de alimentos. No Projeto Verão, também deste ano, foram apreendidos 2.500 quilos de gelo e 10 bisnagas". Conta a gerente.
Além das rondas dos fiscais, os forrozeiros e turistas podiam denunciar situações de inadequações no estande da Covisa. O estande estava entre os serviços públicos dispostos no Centro de Apoio do Forró Caju, localizado dentro do Mercado Thales Ferraz. Os fiscais também receberam denúncias por telefone, no número 2106-9766 e na sede da Covisa, no horário do expediente.
Bisnagas versus doenças
O oferecimento de produtos em bisnagas é proibido, devido os riscos de propagação de doenças, transmissíveis pela saliva como herpes labial e hepatites. "A contaminação da bisnaga ocorre quando o usuário, portador de doenças transmissíveis, encosta o bico da bisnaga no salgado e ou sanduiche mordido. Os vírus são transportados e facilmente disseminados", explica a gerente.