A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) da Prefeitura de Aracaju substituiu neste mês 34 dispensadores de preservativos masculinos, danificados pelo uso. Em acrílico, essas caixas têm a capacidade para 288 camisinhas e estão fixadas na entrada das unidades de saúde. Segundo estudos do Programa Municipal de DST/Aids e Hepatites Virais, o equipamento tem se mostrado uma eficiente ferramenta para distribuição de preservativos na capital.
“Sem qualquer burocracia e com responsabilidade, as cidadãs e os cidadãos usuários do Sistema Único de Saúde podem retirar gratuitamente dessas caixas os preservativos”, informa a secretária municipal de Saúde, Stella Maris Moreira.
A coordenadora do Programa Municipal de DST/Aids e Hepatites Virais, Darcy Rocha, lembra que a facilidade na obtenção do preservativo ainda é a melhor maneira e a mais efetiva estratégia para aumentar o número de indivíduos que praticam sexo seguro.
Hoje, em todas as 43 USFs de Aracaju os cidadãos podem adquirir preservativos. As caixas foram substituídas nas Unidades de Saúde da Família (USF), nos Centros de Atenção o Psicossocial (CAPS), nos Centros de Especialidades Médicas (CEMAR) do bairro Siqueira Campos e do Conjunto Augusto Franco. Também foram substituídas as caixas de acrílico fixadas nas sedes de Organizações não Governamentais (ONG’s), que trabalham com a temática de doenças sexualmente transmissíveis.
Os dispensadores foram implementados em Aracaju no mês de setembro de 2010, pelo Programa Municipal de DST/Aids e Hepatites Virais/SMS.
“O objetivo principal dos dispensadores em facilitar o acesso aos insumos de prevenção fica claro em números: nos meses anteriores à implementação das caixas, a média mensal de preservativos distribuída nas USFs foi pouco mais de 77 mil preservativos. Após a implementação, essa média foi acima de 100 mil preservativos”, conta Darcy Rocha. Este ano, durante as diversas ações desenvolvidas, o programa distribuiu no primeiro semestre cerca de 1 milhão e 100 mil preservativos.
Por Experiência
“Infelizmente muitos não usam camisinha, mas usar é o correto. O preservativo deve ser usado sempre.”, diz o auxiliar administrativo Ramon Feitosa, de 21 anos. “É mais prático e acessível, pois não precisa perder tempo pedindo aos atendentes", completa.
A gerente do Cemar Siqueira Campos, Eliana Chagas, conta que pode ver a eficácia das caixas dispensadoras. “Muita gente ainda tem vergonha. Antes eu achava que os dispensadores nem teriam tanto uso, mas as pessoas pegam muito. Ele foi colocado estrategicamente entre o ambulatório e o Centro de Testagem e Aconselhamento de HIV/AIDS (CTA). Precisamos encher a caixa duas vezes ao dia. Agora, quem tem vergonha pode pegar sem se expor”, explica.