Na manhã desta terça-feira, 14, assistentes sociais e educadores do Centro de Referência em Assistência Social (Creas) Pop, localizado no Centro da capital, participaram de uma atividade sobre prevenção e tratamento da Tuberculose. A enfermeira-sanitarista da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), Tânia Santos, explicou para os profissionais as formas de transmissão, prevenção e tratamento da doença que a cada dia atinge milhares de brasileiros.
Tânia é referência do Programa Municipal de Controle de Tuberculose da PMA. Durante a palestra, a infectologista explicou que todos são vulneráveis a contrair a tuberculose e a população em situação de rua está entre o grupo de risco para a doença.
“Tuberculose é causada por bactéria e ataca principalmente o pulmão, podendo atingir outras partes do corpo como ossos, rins e as membranas que envolvem o cérebro”, explicou. Ela acrescentou que os principais sintomas são a tosse (com ou sem catarro) por mais de três semanas, dores no peito, cansaço, febre no fim do dia e suor noturno.
A pessoa contaminada transmite a tuberculose através da convivência com o contato íntimo e prolongado. “Ao espirrar, tossir, falar o doente expele gotículas com bactérias que contaminam as pessoas com as quais teve contato direto e prolongado”, diz Tânia Santos.
Para prevenir, o recomendado é fazer exame para o diagnóstico precoce. Um dos meios é o teste do escarro disponível em todas as Unidade Saúde da Família (USF) de Aracaju.
A infectologista ainda esclareceu que a vacina BCG é obrigatória para crianças menores de um ano, mas só protege às crianças das formas mais graves da tuberculose. “Em adulto a imunização perde o efeito, por isso é tão importante ficar alerta para diagnosticar e tratar cedo os casos de tuberculose”, explicou.
Tuberculose tem cura quando diagnosticada cedo e tratamento gratuito pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). A secretária municipal de Saúde, Stella Maris Moreira, informa que dos medicamentos aos exames e as consultas com especialistas, tudo é garantido por meio do Sistema Único de Saúde (SUS) em Aracaju. “O tratamento dura em media seis meses e pode ser feito nas 43 USF e no serviço de referência no tratamento da Tuberculose que hoje funciona no Centro de Especialidades Medicas – Cemar do bairro Siqueira Campos.
Desempenho positivo
Estatísticas demonstram que em Aracaju, o Ministério da Saúde estima o aparecimento de 240 novos casos por ano. O Programa Municipal de Tuberculose registrou no município, 187 casos diagnosticados em 2009; 182 casos em 2010, e 200 casos em 2011.
Em junho de 2012, Aracaju foi premiada no V Encontro Nacional de Tuberculose e o II Fórum da Parceria Brasileira Contra a Tuberculose por apresentar indicadores positivos relativos ao controle da tuberculose: capital com percentual de encerramento de casos de pacientes em tratamento acima de 95%, em 2010; capital com realização de testagem para HIV, em pacientes com tuberculose, acima de 60% em 2011. Capital com baixa taxa de mortalidade, relacionados à tuberculose, na série histórica dos últimos cinco anos.