Empreendedores frequentam os cursos de qualificação profissional da Fundat

Formação para o Trabalho
16/08/2012 10h59
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Identificar as oportunidades por meio de ideias simples são ações inerentes aos bons empreendedores.  Técnicos da Fundação Municipal do Trabalho (Fundat) têm identificado pessoas com esses perfis nos cursos de qualificação profissional. “Estou fazendo um investimento em médio prazo. Vou ganhar dinheiro em euro e dólar”, afirma a vendedora ambulante Anailde Alves de Oliveira, 39 anos, que determinada está se capacitando no curso de bolos artísticos no período da manhã, na Unidade de Qualificação e Produção Paulo da Conceição, unidade/escola localizada no bairro Porto D’Antas.

O que surpreende na vendedora, que também já fez o curso de doces e salgados na unidade/escola da Fundat é a sua determinação e as ideias de investimento. “Vou tirar todo o meu aperreio do ano no período do Natal e estou me preparando para isso. A minha família diz que já posso iniciar o meu negocio, mas respondo que ainda não é momento. Estou me preparando para fazer a diferença no meu negócio”, confirma Anailde de Oliveira, que também está visando a realização da Copa do Mundo.

A vendedora comercializa uma variedade de produtos, como cadeados, brinquedos, cintos e outras peças. A exposição dos seus produtos é feita numa pequena banca no Centro de Aracaju. “Primeiro observei que todo tipo de alimentação que alguém passa vendendo perto de mim tem boa aceitação por parte do consumidor e olhe que a maioria não tem a qualidade desejada. Daí pensei na inovação. Quero trabalhar com uma mercadoria que venda o ano inteiro. A resposta é comida”, justificou.

Anailde demonstra firmeza nas suas colocações e estratégias que são voltadas para empresários experientes. “Sou paciente e estou aguardando o momento certo”, comenta, afirmando que já está comprando o material que precisará para colocar em prática a sua ideia.

O seu foco principal é o sabor e a aparência dos produtos que irá comercializar, incluindo-se também a higiene e acondicionamento. “A minha ideia é simples, mas está sendo bem planejada. Já estou idealizando uma adaptação para a minha banca e estou convicta que tudo dará certo”.

A empreendedora irá comercializar bolos, tortas, salgados e doces, mas os detalhes ela preferiu guardar a sete chaves para não serem copiados antecipadamente. “Estou emocionada e empolgada. O meu marido diz que o comércio está parado e que deixo de estar vendendo todas as manhãs. Respondo que o curso que estou fazendo é essencial para o meu projeto; que estou investindo no futuro e que as recompensas virão”, afirma.

Rentabilidade

Anailde de Oliveira, assim como outras 20 mulheres, estão frequentando o curso de bolos confeitados e se tornarão confeiteiras. A atividade, segundo a instrutora Ana Virginia Ramos, é rentável e o que mais prevalece é a criatividade de cada uma e, sobretudo, a dedicação, a matéria-prima com qualidade e um toque de amor no que está fazendo.

As alunas têm idades que variam de 21 a 59 anos. A maioria pretende iniciar um pequeno negócio. A turma está aprendendo a confeitar, rechear, fazer massas, pastas que são usadas para decoração, utilização dos utensílios, pintura, tingimento de pasta, decoração com vários tipos de cobertura, modelagem, estrutura de bolo, confecção de flores e outros. Os ensinamentos estão inseridos em 60 horas/aula.

A instrutora citou que pode não parecer, mas a profissão resulta em bons lucros para quem deseja trabalhar por conta própria. Além disso, o confeiteiro pode desempenhar a função em lanchonetes, padarias, docerias, buffets e confeitarias.

Quitéria dos Santos, 36 anos e residente no bairro Coqueiral, também está frequentando o curso e já está aplicando os novos conhecimentos. Ela explicou que tem uma pequena lanchonete no Coqueiral e que há duas semanas incrementou o seu negócio. “Durmo pensando em bolo. Acordo pensando no que irei executar de diferente. A comercialização dos bolos já aqueceram as minhas vendas em 20% e pretendo aumentar esse percentual. É uma questão de tempo”, confirma.

Quitéria disse que está providenciando a confecção de cartões. “Estou incrementando o meu marketing para ampliar as vendas. Sei que os meus fregueses estão gostando e retornando para comprar. O boca a boca também é válido para um resultado positivo”, esclarece.

Incentivo

A presidente da Fundat, Telma Rios Pimentel, explicou que no conteúdo programático dos cursos também estão inseridas 10 horas/aulas de relações interpessoais, que são ministradas por administradores, psicólogos e outros profissionais que estão preparados para incentivar os alunos a enfrentar o mercado de trabalho; a iniciar um pequeno negócio e, sobretudo, elevar a autoestima dos participantes.

Telma Pimentel lembrou que além do incentivo que são repassados pelos profissionais que ministram as aulas de relações interpessoais, os instrutores responsáveis pelas aulas práticas, também estão preparados para agregar o conhecimento ao incentivo pessoal.

Além da preocupação no que diz respeito a qualificação profissional, a Fundat também repassa as informações quanto ao programa de microcrédito. “Os nossos técnicos visitam as turmas para informar que o órgão mantém parcerias com instituições financeiras que disponibilizam linhas de crédito para empreendedores”, disse a presidente.

E para atender um público maior ainda, independente de estar ou não se capacitando por meio dos cursos, a Fundat mantém o Credpovo Itinerante nas unidades/escola do órgão. “É uma forma de atendermos o cidadão sem a necessidade do seu deslocamento para a nossa sede”, explica Telma.