Zoonoses vai notificar terrenos baldios no bairro Soledade e Atalaia

Saúde
04/09/2012 16h58
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Desde segunda-feira, 3, até o dia 6 de setembro, as equipes do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) da Prefeitura de Aracaju estão nos bairros Soledade e Atalaia. Vinte agentes de endemias do CCZ realizam ações de educação em saúde e de prevenção ao mosquito Flebótomo, também chamado de "mosquito palha", transmissor da leishmaniose visceral, o calazar.

As equipes também estarão notificando proprietários de áreas propícias à proliferação do mosquito, como terrenos baldios, galpões e quintais abandonados. Ainda no período de 3 a 6 de setembro, especificamente no bairro Atalaia, uma equipe do CCZ estará aplicando inseticida nas áreas estratégicas.

Segundo o coordenador do Programa de Controle leishmaniose visceral, Wilson dos Santos, o inseticida utilizado pelos agentes nas ruas não representa risco à saúde humana e são aplicados em locais que possuem condições favoráveis para o desenvolvimento do mosquito, como quintais, recintos e áreas com chão de terra. A presença de sombra e materiais orgânicos em decomposição, como folhas secas e entulhos acumulados favorecem a proliferação do Flebótomo,

Prevenção

A PMA faz um trabalho de rotina de controle à incidência de cães e humanos infectados com Leishmaniose. "O nosso trabalho também é o de orientar as famílias sobre a doença e as medidas de prevenção", explica.

Das ações de campo, as equipes realizam a coleta de sangue canino, faz a remoção de cães infectados até colocação de armadilhas para capturar o mosquito transmissor. No CCZ, é realizado o diagnóstico do animal. Atualmente 20 profissionais de saúde trabalham no controle ao Calazar.

Transmissão e tratamento

Wilson explica que a transmissão da leishmaniose visceral acontece quando o mosquito suga o sangue do animal que já está infectado e o mesmo mosquito pica os humanos e outros cães. O diagnóstico do Calazar é feito a partir de exame de sangue, tanto no humano, quanto no cão. "Não existe tratamento em caso da confirmação da doença no cão. Neste caso, a única maneira de eliminá-la é sacrificar o animal. Nos homens, o tratamento é realizado a partir de duas medicações, durante o período de 30 dias", explica.

Nos casos humanos, os sintomas são emagrecimento, febre, diarréia e crescimento do abdômen. No cachorro as manifestações vão desde o surgimento de feridas na pele, principalmente em regiões como focinho, ponta de orelha e cauda. Entre as pessoas, uma das preocupações é quando o paciente acha que já está curado e deixa de fazer o acompanhamento médico e de refazer os exames a cada seis meses. "Nesse período, os protozoários causadores da doença podem ainda estar se reproduzindo na corrente sanguínea. Assim, a pessoa infectada volta a ter complicações que podem levá-la à morte", afirma.

O Centro de Controle de Zoonoses de Aracaju está localizado no Centro Administrativo Augusto Franco, na avenida Carlos Rodrigues da Cruz, 60. A população pode entrar em contato através dos telefones 3179-3528 e 3179-3564.