Emsurb desenvolve o serviço de coleta seletiva na capital

Serviços Urbanos
22/01/2013 15h03
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A partir do processo que consiste no recolhimento, em residências e empresas, de materiais recicláveis que se transformarão novamente em matéria-prima é que o serviço de coleta seletiva em Aracaju é realizado. Mantida pela Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA), por meio da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb), a operacionalização desta prática sustentável organizada pelo poder público depende da contribuição de todos para garantir o melhor resultado para a população e para o meio ambiente.

Além de figurar como uma das soluções para o acúmulo de lixo urbano, a reciclagem proporciona, ainda, economia e sustentabilidade ao ambiente. Com este pensamento, a Emsurb atua em Aracaju desde 2001 com o Programa de Coleta Seletiva de Resíduos Inorgânicos, quando o bairro Inácio Barbosa foi escolhido para fazer parte do programa piloto de coleta seletiva. No primeiro ano foram coletadas mais de 120 toneladas de material reciclável e nove bairros já faziam parte da ação. Os números sociais também já diziam muito para as 33 famílias de ex-catadores que integravam a Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju (Care) - destino dos resíduos inorgânicos coletados.

No ano passado, mais de três mil toneladas de resíduos inorgânicos - que levariam dezenas ou centenas de anos para se decompor - deixaram de ser levadas ao Aterro Controlado Santa Maria. A média mensal é de 240 toneladas de material recolhido pela equipe de 17 trabalhadores - entre motoristas, fiscais e agentes -, e transportado nos cinco caminhões coletores do Programa. Eles percorrem a cidade em diferentes dias e horários da coleta de lixo comum, seguindo itinerário próprio (disponível para consulta no site da Emsurb). A diferenciação de rota proporciona maior comodidade e segurança à população, que pode realizar o descarte próximo à residência com a certeza de que o material separado com tanta dedicação será realmente aproveitado e reciclado.

"Ao acessar o site da Emsurb, o cidadão pode conferir em qual dia da semana o caminhão seletor passa pelo bairro em que reside, para que seja feito o recolhimento dos resíduos recicláveis que as pessoas deixam nas calçadas das residências. Vale ressaltar que este serviço não é só oferecido para os bairros, mas também para condomínios, órgãos públicos e empreendimentos comerciais, e que todo o material é destinado à Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju", explica a assessora técnica da Emsurb, Juçara Benetti.

Já participam do itinerário de coleta seletiva: conjunto Bela Vista; bairro Cirurgia; conjuntos Beira Mar I e II; conjunto Médici; Jardim Baiano; bairro Getúlio Vargas; bairro 13 de Julho; conjunto Inácio Barbosa; bairro São José, bairro Jardim Esperança; loteamento Parque dos Coqueiros, Beira Rio; bairro Aeroporto; Aruana; conjunto J. K.; Sol Nascente; Santa Lúcia; bairro Jardins; bairro Grageru; bairro Siqueira Campos, além de órgãos públicos, casas de material de construção, hotéis, escolas e postos de saúde do bairro Santa Maria.

CARE

A Cooperativa dos Agentes Autônomos de Reciclagem de Aracaju (Care) foi instituída no âmbito do Projeto Lixo e Cidadania em Sergipe, coordenado pelo Ministério Público de Sergipe, em parceria com o Unicef, Universidade Federal de Sergipe, Prefeitura de Aracaju e algumas empresas. A implantação da cooperativa teve como objetivo principal a inclusão social dos catadores de lixo mediante a construção de uma unidade produtiva para o beneficiamento e comercialização de material reciclável, em condições mais dignas de trabalho e como forma de proporcionar melhoria no nível de renda das famílias que desenvolviam atividades de catação no antigo lixão da Terra Dura, hoje Aterro Controlado, localizado no Bairro Santa Maria.

Ao chegar à cooperativa o material recolhido pelo Programa de Coleta Seletiva passa por uma triagem antes de ser prensado ou triturado - formatos em que é comercializado. Segundo a presidente da Care, Vaneide Ribeiro Santos, no montante depositado pelos caminhões sempre há resíduos não recicláveis, e os que são recicláveis precisam de um tratamento (limpeza) antes de ir para as máquinas de trituração ou prensa. O produto final é vendido para indústrias de dentro e fora do Estado, onde é feito o reaproveitamento dos materiais. "Só não mandamos para a indústria o metal, porque a quantidade recebida é muita pouca. Então vendemos para sucateiros", esclarece Vaneide.