SMS participa de Semana da Prevenção à hanseníase

Saúde
28/01/2013 16h48
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A Secretaria Municipal de Saúde (SMS), através da Vigilância Epidemiológica, participa, nesta quinta-feira, 3,  da Semana de Prevenção Contra Hanseníase,  alertando a comunidade para o combate a doença, também conhecida como lepra. O evento será realizado em parceria com o Governo do Estado, e ocorrerá das 8h30 às 13 horas, no Centro Social do Porto Dantas, e contará com a presença de enfermeiros e técnicos da SMS. De 2012 até o dia 23 de janeiro deste ano, foram diagnosticados  137 casos de hanseníase, sendo que 105 pessoas estão em tratamento e 32 tiveram alta.

A SMS também  disponibilizará 400 testes rápidos para  detectar HIV, sífilis e hepatite C. Técnicos da SMS farão palestras e distribuirão folhetos, dando noções de prevenção contra as DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis).

 A referência técnica Programa Municipal de Controle da Hanseníase (PMCH), Anaide Prado, explicou que o programa está implantado nas 43 Unidades de Saúde da Família (USF), onde são realizadas atividades de busca ativa de casos, diagnóstico, tratamento e educação em saúde.  Foi através do PMCH que a secretaria detectou os casos de  hanseníase em Aracaju, sendo que a maior incidência foi na zona norte da capital, mais precisamente  no conjunto Bugio e Jardim Centenário.

O tratamento da hanseníase é feito em regime ambulatorial, com medicamento oral, com dose mensal supervisionada na USF e as demais administradas pelo paciente.  A duração do tratamento varia de seis meses a um ano, de acordo com o tipo de hanseníase, e a cura depende da adesão do paciente ao tratamento. Segundo o Pacto da Saúde, em relação às ações da Vigilância em Saúde foram pactuados 90% como meta de cura dos casos em tratamento de hanseníase para Aracaju, no ano passado.

Doença

A  lepra é conhecida como hanseníase, desde 1976, é uma das doenças mais antigas na história da medicina. É causada  pelo bacilo de Hansen, o Mycobacterium leprae: um parasita que ataca a pele e nervos periféricos, mas pode afetar outros órgãos como o fígado, os testículos e os olhos. Não é, portanto, hereditária.

Com período de incubação que varia entre três e cinco anos, sua primeira manifestação consiste no aparecimento de manchas dormentes, de cor avermelhada ou esbranquiçada, em qualquer região do corpo. Placas, caroços, inchaço, fraqueza muscular e dor nas articulações podem ser outros sintomas. "Qualquer  mancha na pele, a pessoa deve procurar as unidades de saúde", alerta  Anaide Prado. O diagnóstico consiste, principalmente, na avaliação clínica: aplicação de testes de sensibilidade, força motora e palpação dos nervos dos braços, pernas e olhos. Exames laboratoriais, como biópsia, podem ser necessários.

"Lepra", designação antiga desta doença, era o nome dado a doenças da pele em geral, como psoríase, eczema e a própria hanseníase. Devido ao estigma dado a esta denominação e também ao fato de que hoje, com o avanço da medicina, há nomes apropriados para cada uma destas dermatoses, este termo deixou de ser utilizado (ou, pelo menos, deveria ter sido).