A secretária municipal de Saúde, Goretti Reis, revisou para mais o número de medicamentos e insumos com prazo de validade vencido que estão nos depósitos da instituição. A atualização dos dados , feita recentemente, mostrou que existem 32 toneladas estragadas, e não 11, como foi anunciado durante entrevista coletiva no dia 22 de janeiro. Por conta disso, a secretária anunciou que vai abrir um inquérito administrativo para apurar responsabilidades. As declarações foram dadas por Goretti na manhã de hoje, em entrevista à Ilha FM.
“Estamos enviando documentos informando essa situação ao Tribunal de Contas do Estado (TCE), identificando os materiais. Também enviarei cópia ao Ministério Público Estadual (MPE) para conhecimento da promotora de Justiça, Euza Missano”, explicou Goretti Reis. Segundo ela, todos estes medicamentos e insumos deveriam estar sendo disponibilizados para o público, “mas estão indo para o lixo”, lamentou.
Os problemas da Secretaria Municipal de Saúde (SMS) não são somente os medicamentos com prazo de validade vencidos. A população sofre com falta de material, por exemplo, na Unidade de Pronto Atendimento Nestor Piva, na zona Norte da cidade, onde não havia luva para procedimentos. “São dificuldades deixadas pela gestão anterior. Não havia estoque mínimo para que nós viabilizássemos o funcionamento das unidades. Faltam 76 medicamentos, porque os fornecedores não estão entregando, já que primeiro querem receber pagamentos atrasados”, completou.
Goretti Reis lembrou, ainda, que a Secretaria de Estado da Saúde (SES) tem um débito de R$ 23 milhões, desde 2011. “Na semana passada, conseguimos um repasse de R$ 4 milhões e espero que num curto prazo consigamos receber todo esse dinheiro para amenizar a situação. Tem sido uma insistência muito grande”, frisou, ao se referir à cobrança junto à SES.
Na segunda-feira, Goretti passou um dia em reunião de planejamento para buscar melhorias para o funcionamento da Secretaria. “Orientamos o setor jurídico para as providências, pois iremos fazer compras emergencialmente, diante dos transtornos administrativos, pois quem sofre com isso é a população, porque a gestão anterior não teve responsabilidade”. A secretária disse que, no primeiro dia útil de janeiro – dia 2 – já encontrou falta de material no estoque da SMS.
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