Na tarde da última terça-feira, 19, uma comitiva de feirantes foi recebida na presidência da Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb). O presidente Julio Flores e a vice-presidente Selma França ouviram atentamente às reivindicações dos comerciantes que atuam há muitos anos nas feiras livres de Aracaju e que querem se preparar para as mudanças que acontecerão com o novo projeto que está sendo elaborado por técnicos da empresa pública.
"Pela primeira vez estamos sendo recebidos pela presidência e estamos satisfeitos por mostrar nossas necessidades e nossas dificuldades. Acredito que essa administração trará melhorias pra todos nós. Saio daqui com a alma limpa", desabafou Francisco Albuquerque, conhecido como Tico, que atua como feirante há mais de 20 anos.
O presidente Julio Flores explicou aos feirantes que todas as sugestões serão analisadas e que o projeto elaborado pela Emsurb será apresentado ao chefe do executivo e encaminhado à Câmara de Vereadores. "Todas essas informações que eles nos trouxeram são extremamente importantes, pois eles vivem o dia a dia da feira, entendem o funcionamento e estão dispostos a colaborar conosco. A intenção da nossa gestão é justamente essa, trabalhar em parceria", ressaltou o gestor.
Entre as dúvidas apresentadas, o uso de recipientes específicos para armazenar os alimentos comercializados e a disponibilidade de banheiros químicos. A vice-presidente da Emsurb explicou que todas as diretrizes estarão discriminadas no projeto que está sendo elaborado pela Assessoria Técnica do órgão. "Faremos visitas técnicas em outras cidades já na próxima semana, também já estamos estudando a legislação que rege as feiras livres nesses locais. Todo esse trabalho está sendo realizado em parceria com os órgãos que também têm competências nesse âmbito, como a Vigilância Sanitária, a SMTT e o Conselho Tutelar", enfatizou Selma França.
Bancas
Na última semana a presidência recebeu os atuais fornecedores de bancas para chegar a um entendimento sobre a situação da estrutura que atende as feiras livres de Aracaju, que em alguns casos estão fora dos padrões para a manipulação de alimentos. A condição foi apontada pela Vigilância Sanitária em ação civil pública ajuizada pelo Ministério Público Estadual. As adequações acontecem enquanto o projeto final das feiras não é concluído, já que a partir deste outra forma de gestão conduzirá as feiras livres de Aracaju e o tipo de contrato com fornecedores de bancas e com os próprios feirantes ainda não foi definido.
