Após o discurso da vereadora Lucimara Passos (PCdoB), realizado na tarde de ontem, 21, durante Sessão Plenária na Câmara Municipal de Aracaju (CMA), secretária da Família e da Assistência Social, Selma Mesquita, rebateu as afirmações feitas e reafirmou o apoio que a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) tem prestado às famílias do bairro 17 de Março que tiveram que ser retiradas das casas ocupadas.
Segundo a vereadora, 315 novas famílias haviam sido sorteadas para ocuparem as casas no bairro. A parlamentar disse ainda que recebeu informações de que algumas famílias cadastradas foram substituídas por outras, retiradas de um cadastro feito recentemente, desobedecendo os contratos já assinados.
No entanto, de acordo com a secretária, as informações passadas para a vereadora, não condizem com a realidade dos fatos. Em janeiro deste ano, ela e outros representantes da Prefeitura, se reuniram com o juiz Dr. Raphael Silva Reis, da 12ª Vara Cível, quando foi pedido o apoio da PMA para o cumprimento da decisão judicial que dava conta da desocupação das famílias.
Na ocasião, a secretária informou ao juiz que existia 826 famílias cadastradas no programa. "Então nós chamamos 511 pessoas que localizamos através do telefone que tinha no contrato, mas, 315 nós não conseguimos localizar. Não tinha telefone e quando tinha, não atendia, não existia mais ou não era mais da pessoa", explicou a secretária.
Ao receber o discurso da vereadora, a secretária ressaltou ainda que as 315 famílias não encontradas foram tiradas do auxílio moradia. "Este auxilio moradia foi encontrado aqui na Prefeitura de anos anteriores. Aqui tinha auxílio moradia de 12 anos. Então nós usamos um critério que foi pegar essas 315 famílias e tirar do auxílio moradia", destacou.
"Não há contrato novo, nem pessoas novas. São pessoas cadastradas na Prefeitura através do auxílio moradia. Não existe ninguém que foi colocado atualmente. Todos são antigos. Então, alguém passou uma informação errada para a vereadora. Eu tenho certeza que ela não sabia dessa informação, mas não é verdadeira a informação que deram a ela", reforçou Selma Mesquita.
Durante todo o período de desocupação das casas, a PMA disponibilizou cinco assistentes sociais, chefe de transporte, coordenador, toda a equipe de manutenção para auxiliar e dar apoio às famílias.