A Coordenação Vigilância Sanitária e Ambiental (Covisa) de Aracaju vai reforçar, este mês, as inspeções sanitárias nos estabelecimentos que fazem aplicação de piercing e tatuagem, exigindo livro de registro com os dados de cada cliente atendido. A Covisa vai interditar os locais inadequados e que não apresentarem a documentação necessária para funcionamento.
Conforme o coordenador da Covisa, Ávio de Britto, a medida visa beneficiar e proteger a população contra hepatites B e C em ambientes que não adotam medidas preventivas para o uso de seringas, tintas e instrumentos perfurantes individualizados e descartáveis, que são considerados de risco para contaminação das hepatites.
"Nos meses de junho e julho também iremos oferecer um curso de 16 horas para tatuadores e pessoas que trabalham aplicando piercing, esclarecendo as normas sanitárias exigidas para a realização dos procedimentos e para correto funcionamento dos estabelecimentos", destaca Avio de Brito. Ele esclarece que para realizar o curso, a Covisa conta com a parceria do Programa Municipal de DST Aids e Hepatites Virais e Programa de Redução de Danos.
Sensibilização nas Escolas
Nos meses de abril e maio, a Secretaria da Saúde de Aracaju ainda trabalha a prevenção de hepatites B e C nas escolas públicas cadastradas no Programa Saúde na Escola. Professores e alunos da rede municipal receberão orientações e panfletos informativos sobre risco do uso de piercing e aplicação de tatuagens. Na Semana Municipal de Prevenção ao Câncer de Boca que irá acontecer em outubro o tema será mais uma vez reforçado junto aos professores, adolescentes e crianças.
Normas Sanitárias
Algumas das normas sanitárias exigidas em estúdios de tatuagem são o uso de agulhas e batoques (recipientes onde se coloca tinta) descartáveis. As hastes que ligam as agulhas a maquina de tatuagem devem ter sido esterilizadas em autoclaves antes da realização de procedimentos. Para atender cada cliente, tanto a maca quanto a mesa devem estar encapadas com plástico filme novo.