Na noite desta segunda-feira, 22, a Guarda Municipal de Aracaju (GMA) reuniu o efetivo para debater soluções que minimizem os efeitos provocados pelo crack na sociedade. O objetivo foi proporcionar aos agentes subsídios que contribuam com o trabalho desenvolvido diariamente pelos guardas junto aos usuários da droga.
O encontro, que faz parte do ciclo de palestras Café Debate, foi conduzido pelo coordenador do Núcleo de Prevenção às Drogas e Reinserção Social da Secretaria de Estado de Segurança Pública de Sergipe(SSP/SE), Givaldo Nascimento dos Santos, que trabalha com o tema há 14 anos.
A droga é uma questão muito grave. Para tratar esse problema é preciso que todos deem as mãos. E só há uma solução, que é trabalhar a família, que tem o dever legal de educar e orientar os filhos. No entanto, hoje vemos outra realidade: famílias que não educam, apenas criam os filhos", frisou.
Segundo Givaldo, a porta de entrada para o uso de drogas é o cigarro e a bebida alcoólica. "A maconha e o crack são as drogas seguintes. O crack é altamente viciante devido a sua composição química (cocaína, gasolina, soda caústica, ácido sulfurico, amônia, cimento e bicarbonato de sódio). A cada 100 pessoas que experimentam esta droga, 95 ficam dependentes. Logo, o ideal é não experimentar", alertou. Para o agente de polícia, a melhor forma de tratar um dependente é dialogar e trabalhar o psicológico, mostrando que a droga é um inimigo.
É preciso que a gente perceba a gravidade do crack e resolver questões como essas exigem envolvimento. A droga é, sem dúvida nenhuma, um problema em que o compromisso pessoal é o que faz a diferença. É preciso o enfrentamento desta questão", expôs a secretária Municipal de Defesa Social e Cidadania, Georlize Teles, que participou do evento, demonstrando o contentamento pela iniciativa da Guarda em colocar o tema em discussão.
De acordo com o diretor geral da GMA, coronel Enilson Aragão, o trabalho do órgão é focado na instrução. "O foco é a prevenção. O guarda tem que tratar o usuário de crack a partir da orientação tanto em palestras nas escolas, quanto no contato diário durante as intervenções, pois esse público requer atenção especial", explicou.
O guarda municipal Gabus aprovou toda a discussão acerca do crack. "A GMA tem um trabalho muito amplo e o debate veio para reforçar e fortalecer o nosso conhecimento. Foi muito importante esta palestra, porque esclareceu sobre todo esse submundo das drogas e também apontou alguns caminhos que podemos levar para o nosso trabalho", avaliou.
Esta foi a primeira edição do Café Debate, promovida pela Coordenadoria de Formação e Aperfeiçoamento da GMA. Ao longo deste ano ocorrerão outras palestras para o aprimoramento técnico/teórico do trabalho dos guardas. Todos os participantes que obtiverem a frequencia mínima de 75% serão certificados.